Servidores da Justiça Federal se mobilizam no TRT (Fotos: Portal Infonet) |
Os três segmentos da Justiça Federal em Sergipe estão parados em Sergipe. Todas as audiências no âmbito dos Tribunais Regionais Eleitoral, do Trabalho e da Justiça Federal estão suspensas e os servidores permanecem mobilizados aguardando a votação do Projeto de Lei 28/2015, que estabelece reajuste de 56%, como forma de repor perdas salariais acumuladas nos últimos nove anos, segundo os dirigentes do movimento. O projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados, tramita no Senado com a perspectiva de ser apreciado ainda nesta terça-feira, 30.
Em greve desde o último 22, os servidores do TRT se concentraram na sede daquele tribunal, onde permanecem mobilizados aguardando o desfecho, com a promessa de permanecer em greve por tempo indeterminado caso o projeto seja reprovado. Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Justiça Federal em Sergipe (Sindijuf), Ricardo do Prado, nesta terça-feira, 30, os manifestantes realizaram uma espécie de arrastão e conseguiram mobilizar também os servidores da Justiça Eleitoral e da Justiça Federal, em ato na frente do TRT.
Audiências são suspensas |
Como consequência, segundo avaliação do dirigente sindical, todas as audiências nos três segmentos judiciais foram suspensas nesta terça-feira, 30, e o atendimento funcionou apenas para fazer as remarcações. “Não estamos pedindo aumento salarial, queremos apenas a recuperação das perdas inflacionárias dos últimos nove anos”, enaltece o dirigente do Sindijuf.
Segundo Ricardo do Prado, o Governo Federal se manifestou propondo reajuste de 21,3%, em quatro parcelas que seriam repassadas ao funcionalismo até o ano de 2019. “Mas isso só vai agravar a situação porque, além de não repor as perdas em atraso, não vai cobrir as perdas futuras já que a projeção da inflação deste ano está em 9%”, enaltece o sindicalista.
Prejuízos
Quem está arcando com os prejuízos da greve dos servidores da justiça federal são os trabalhadores que dependem do andamento dos processos judiciais para se manter no mercado de trabalho. O montador Jefferson Santos Gomes, por exemplo, depende da celeridade do julgamento do processo para estar desimpedido a buscar novo posto no mercado de trabalho, conforme informou ao Portal Infonet.
Fernando e Jefferson: prejuízos |
Ele tinha audiência marcada para esta terça-feira no TRT, mas foi adiada em decorrência da greve. “A greve só atrapalha porque não posso ter outro emprego sem resolver esta questão aqui. Em outro emprego, eles pedem a carteira”, diz o montador, lamentando a falta de informação sobre uma nova data para a audiência.
O serralheiro Fernando de Sena foi arrolado como testemunha e também reclamou dos embaraços. “A empresa não paga décimo terceiro, não paga férias e tudo isso tem causado prejuízo. Agora, o advogado ficou de acompanhar e ligar para informar que dia vai acontecer a audiência”, reclama.
Por Cássia Santana
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