Grupo de Extermínio: delegado pede renovação de prisão

José Augusto permanece preso, em silêncio (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) não vê necessidade do envio de tropas federais para o município de Poço Verde para proteger a população do suposto grupo de extermínio, denunciado no mês de abril deste ano pela deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. O delegado Éverton Santos, da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), garante que a situação na região está controlada.

O delegado está pedindo a renovação da prisão preventiva de José Augusto Aureliano Batista, 40, principal suspeito de chefiar o grupo de extermínio, localizado e preso em Paragominas, no Estado do Pará, no mês de abril deste ano, dias depois da denúncia feita pela parlamentar. Com a prisão de José Augusto, a polícia acabou por descartar o envolvimento do capitão reformado da Polícia Militar, Josenildes Rodrigues Santana, que chegou a ser preso acusado de integrar aquele grupo de extermínio.

As investigações continuam. O principal suspeito de liderar o grupo de extermínio não fala sobre o assunto. Ele se reservou ao direito do silêncio com a promessa de se manifestar em juízo. O delegado ainda não identificou os outros integrantes da facção e observa que o inquérito policial ainda não chegou a um décimo do que tem a ser investigado. Até o momento, a polícia contabiliza 13 vítimas do grupo de extermínio, que são pessoas [inclusive adolescentes] envolvidas com roubos, furtos e tráfico de drogas.

Delegado Éverton Santos: renovação da prisão

Apesar do silêncio do acusado, o delegado Éverton Santos não tem dúvida que José Augusto chefiava o grupo de extermínio, mas ainda não identificou quem financiava a ação do grupo. “Há provas suficientes que ele chefiava o grupo, mas falta identificar quem financiava e quem agia com ele para cometer os homicídios”, observa o delegado.

Dados da SSP revelam que o município passou cerca de 40 dias sem registros de homicídio e o último, ocorrido na semana passada, não estaria relacionado com o grupo de extermínio, segundo o delegado. “O que acontece hoje em Poço Verde é a rotina própria de uma cidade pequena”, diz. “O último homicídio foi decorrente de uma briga de bar. Se houvesse necessidade de tropas federais na região seria naquela época”, comenta Éverton Santos.

Por Cássia Santana

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