Grupo faturou mais de R$ 500 mil com fraudes no DPVAT

O grupo era liderado por Gilvânio Gomes da Silva (Foto: SSP/SE)

A Coordenadoria de Polícia Civil da Capital, por meio da 7ª Delegacia Metropolitana (7ª DM), prendeu ,na última quinta-feira, 26,  um grupo criminoso envolvido em fraudes ao Seguro DPVAT. O grupo, orquestrado por Gilvânio Gomes da Silva, foi preso no conjunto Jardim em Nossa Senhora do Socorro.

Como o próprio nome diz, o  DPVAT é o seguro que indeniza danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre. O crime consistia na falsa notificação de um acidente com direito a documentos falsos de unidades policiais para gerar o boletim de ocorrência; e de unidades hospitalares para gerar os relatórios médicos que eram utilizados para dar entrada nos procedimentos, sendo assim possível receber o seguro.

De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, em junho de 2016, uma auditoria da seguradora  identificou a não autenticidade de alguns documentos em diversas ações. A partir de um caso específico, em que uma mulher recebeu seguro por amputação do membro superior esquerdo decorrente de acidente de trânsito, o interrogatório feito a Raquel Silva de Andrade, residente no conjunto Jardim, identificou alguns indivíduos que atuavam na ação criminosa. “Muito provavelmente a organização criminosa atua em mais de um estado, visto que as falsificações constam de diferentes hospitais e delegacias, espalhados em todo Brasil”, explica o delegado.

O grupo, liderado por Gilvânio, realizava os crimes da seguinte forma: a falsa vítima fornecia cópias do RG e CPF, mediante promessa de receber R$ 1.000,00 quando fosse indenizada por lesões decorrentes do falso acidente de trânsito. O aliciamento era feito por Gideilson Oliveira Bezerra, 34 anos, conhecido como "Guil"; e por Isnaldo Antônio dos Santos, vulgo “Nem”. Ambos entraram no esquema por intermediação de Manoel da Silva Santos, 33 anos, que já conhecia Gilvânio e confessou a participação em cerca de 50 golpes junto com o comparsa.

Gilvânio liderava o grupo sob pressão coercitiva, ao qual sempre armado com uma pistola cal.380 fazia ameaças para ficar com a quase totalidade dos valores obtidos com as fraudes. Os seus comparsas falam em somas de mais de R$ 10.000,00 para cada indenização paga. Suspeita-se que mais de meio milhão de reais foi levantado com os golpes. A maior parte da quantia ficou com o líder do grupo.

As investigações continuam no intuito de identificar demais envolvidos com os crimes.

Fonte: SSP/SE

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