HGJAF continua em greve

De acordo com o secretário de Saúde de Estado, José Lima Santana, aconteceu ontem, no Hospital Governador João Alves Filho (HGJAF), uma reunião entre a diretoria do Hospital, representantes dos médicos entre outros. O objetivo foi tentar solucionar a greve dos médicos do HGJAF.

 

Segundo o secretário, foram discutidas as reivindicações dos médicos, principalmente no que se refere à incorporação das gratificações aos salários e o pagamento dos atrasados. “Me parece que a (reivindicação) mais crucial já tinha sido atendida, que era o pagamento dos meses de janeiro e fevereiro, que estavam em atraso por causa do contrato que tínhamos com a Somese. Na verdade, o mês atrasado era apenas um (o de janeiro), já que janeiro é pago em fevereiro e fevereiro em março”, explicou  o secretário.

 

De acordo com Lima, os pagamentos foram suspensos por determinação da Justiça do Trabalho, que proibiu a contratação de médicos através de um antigo contrato feito pelo Governo do Estado. Acontece que o documento vinha valendo há mais de dez anos e nesse meio tempo, não foi feito concurso público para a contratação de profissionais.

 

“A Justiça do Trabalho determinou a não renovação do contratos a pedido do Ministério Público, então estávamos procurando meios legais de efetuar o pagamento”, explicou. Agora, o problema enfrentado pela Secretaria será encontrar meios de incorporar o pagamento das gratificações ao contra-cheque, como desejam os médicos.

 

“Não se pode falar em incorporação de gratificação quando nós temos contratos. Então decidimos ontem fazer um memorial acerca da origem dos contratos para verificar a viabilidade legal ou não. O que será feito agora é um planejamento do HGJAF, além de um concurso público”, explicou Lima. O secretário disse ainda que  o projeto é essencial, já que “compra emergencial de medicamentos é falta de planejamento, é um absurdo”.

 

Porém, para Edney Caetano, representante dos médicos, as coisas não são tão simples assim. O médico voltou a reafirmar a posição dos profissionais e informou que a greve no Hospital não será finalizada, conforme esperava Lima. Caetano explicou que será mantido um percentual de 30% dos profissionais fazendo a triagem nos setores de urgência e emergência da unidade hospitalar até que o problema seja solucionado.

 

“Vamos dar a contra proposta, porque a proposta não foi colocada em prática. A categoria deu o prazo de três dias para a Secretaria. Eu acho que o caminho mais rápido seria um projeto de Lei, enviado para a Assembléia Legislativa, pedindo a incorporação da gratificação no contra-cheque e que o pagamento seja feito até o dia dez de cada mês”, informou o representante.

 

Com todas as medidas propostas, os profissionais esperam que tenham que deixar de fazer “a escolha de Sofia” todos os dias. Muitos médicos reclamam que com a falta de estrutura, têm que indicar quais pacientes serão atendidos com prioridade, o que acaba fazendo com que alguns faleçam no HGJAF. Porém, parece que Lima não acredita nesta situação: “Cada um diz o que quer”, informa o secretário.

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais