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O réu Laerte Alves foi o último a ser ouvido (Foto: Portal Infonet) |
Está sendo julgado por júri popular nesta quarta-feira, 17, no Fórum Gumercindo Bessa, o carpinteiro Laerte Alves Pereira, acusado de assassinar em 2013, o jovem Jonathan da Silva Barros, 19 anos. A vítima foi morta após ter lavado as mãos na torneira de um condomínio, situado no conjunto Augusto Franco.
O júri foi presidido pela juíza Soraia Gonçalves de Melo, tendo como promotora de acusação Claudia Daniela de Freitas Silveira Franco e o advogado de defesa Eduardo da Silva Rocha.
Uma das primeiras testemunhas a ser ouvida foi Nauane Mayara que convivia com Jonathan no condomínio onde a vítima foi morta. Em seu depoimento, ela contou que o acusado se queixava quando Jonathan utilizava a água do prédio. “Ele não era dono do prédio e não poderia reclamar porque todo mundo pagava e podia usufruir do mesmo modo. Ele achava ruim que o Jonathan usava a água e uma vez, achou ruim e reclamou por Jonathan lavar as mãos. Ele nem era síndico e não cuidava de nada. No dia do crime, foi tudo muito rápido e me chamaram para dizer que tinham atirado nele. Ele [Jonathan] pediu minha ajuda porque estava morrendo", conta.
Justiça
No fórum, a mãe da vítima identificada como Ana Paula da Silva Cruz também prestou depoimento e relatou à reportagem do Portal Infonet querer apenas justiça. “Meu sentimento é a dor da perda e muita saudade do meu filho. Nada que venha acontecer aqui, mesmo que ele seja julgado e condenado, não vai trazer meu filho de volta, mas vai me trazer um certo conforto em saber que a justiça vai ser feita. Ele é réu confesso, se arrepende, mas espero justiça”, afirma.
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Jonathan da Silva foi assassinado a tiros em 2013 |
Réu confesso
O último a ser ouvido foi o réu Laerte Alves que em depoimento confirmou ter matado o jovem e informou não ter porte legal de arma. “Trabalhava de porteiro e tive que comprar a arma na feira das trocas em 2010, depois que teve um roubo na loja da minha filha. Eu andava assustado e guardava a arma em casa. No dia [crime] só estava eu e ele. Cheguei e perguntei porque ele estava gastando água, mas não xinguei ele. Estou muito arrependido. Sinto muito pela família. Peço perdão e não esperava nunca estar aqui hoje”, lamenta.
Para o advogado Eduardo da Silva Rocha, a estratégia da defesa será adequar a pena ao caso concreto. O julgamento, ainda prossegue na 8ª Vara Criminal.
Caso
Jonathan da Silva Barros, 19, foi assassinado a tiros no dia 13 de abril de 2013, após o mesmo ter lavado as mãos na torneira de um condomínio, situado no conjunto Augusto Franco. A vítima tinha ido até o apartamento da namorada [localizado em um condomínio na capital sergipana], quando ao se dirigir até uma torneira na área externa para lavar as mãos, teria sido abordado pelo acusado que teria reclamado e em seguida deflagrado disparos, dois deles acertando a vítima.
O jovem foi socorrido e levado para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde passou por uma cirurgia, mas morreu após oito dias [em 21 de abril].
Por Aisla Vasconcelos
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