
A Delegacia de Roubos e Furtos (Derof) com apoio da Divisão de Inteligência (Dipol) cumpriu um mandado de prisão temporária e outro de internação provisória contra um homem e um adolescente investigados pela morte do motorista por aplicativo Jonas Gabriel Guimarães Silva. A ação policial foi realizada nesta sexta-feira, 13. O crime ocorreu no dia 13 de agosto, na Rodovia Manoel do Prado Franco, em Nossa Senhora do Socorro.
Segundo a delegada Thereza Simony, a vítima foi atraída pelos investigados e por outro adolescente para realizar uma corrida até um município do interior sergipano. Ao questionar sobre o pagamento da viagem, o motorista foi informado de que receberia no destino. Como precisava abastecer o veículo, recusou a corrida. Nesse momento, o adolescente pediu que ele retornasse ao ponto de partida para buscar o dinheiro.
“Assim sendo, a vítima fez o retorno na rodovia, instante em que o adolescente disparou dois tiros que atingiram fatalmente a vítima na cabeça, e o veículo bateu num poste”, explicou a delegada.
Nesta quinta, além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. De acordo com a delegada, foi solicitada à Justiça a detenção dos dois adolescentes suspeitos, mas apenas o que confessou ter realizado os disparos teve a internação provisória autorizada. O adulto detido teria entrado em luta corporal com o motorista durante a ação criminosa.
Sobre a tipificação penal, Thereza Simony esclareceu que, mesmo sem subtração de bens, o crime é considerado latrocínio conforme entendimento do STF. “Se há a intenção de roubar e houve a morte, então está caracterizado o crime de latrocínio”, afirmou.
As investigações continuam para esclarecer a conduta de cada envolvido e apurar a possível participação de outras pessoas.
Relembre o caso
O motorista Jonas Gabriel foi morto a tiros em 13 de agosto, após ser atingido na cabeça enquanto dirigia, perdendo o controle do veículo e colidindo contra um poste. Testemunhas relataram que três homens jovens efetuaram os disparos e fugiram a pé por uma área de matagal, nas proximidades da Av. Manoel do Prado Franco. A perícia informou que nada foi roubado da vítima. Na época, o caso começou a ser apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
por João Paulo Schneider
