Homem pode ter sido assassinado por engano no Rosa Maria

Corpo de Cícero foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML)

A esposa de Cícero, Maria José dos Santos, que era transportada por ele em uma bicicleta, disse que o casal foi pego de surpresa. O homem que fez os disparos fugiu a pé. “Nós íamos descendo, aí passamos por esse homem que nos olhou. Quando ficamos de costas para ele ouvimos o disparo. Meu marido disse que tinha levado um tiro, aí caímos. Depois ele se aproximou e deu outro tiro na cabeça do meu esposo, aí ele morreu. Gritei por ajuda, mas ninguém nos ajudou”, disse.

Os familiares acreditam que Cícero foi morto por engano, pois logo após a morte dele outro homem com as mesmas características físicas, circulando em uma bicicleta semelhante, também foi assassinado. No entanto, nem no Instituto Médico Legal (IML) e nem na Plantonista há registros desse crime.

“Não havia motivo para ele ser morto desse jeito. Nós moramos lá há apenas três meses, nem conhecemos ninguém porque passamos o dia todo trabalhando”, comentou Maria José. Ela denuncia a falta de policiamento no local. “A polícia só chega quando ocorre algum crime desse jeito. Hoje demoraram 20 minutos pra chegar. O homem que matou meu esposo fugiu a pé. Se não tivessem demorado tanto ele poderia ser preso”, lamenta.

O corpo de Cícero foi encaminhado ao IML e aguarda a liberação para ser sepultado. Este é o quarto caso de assassinato na região do bairro Rosa Elze noticiado pelo Portal Infonet apenas nesses três primeiros meses deste ano. Ainda na tarde dessa sexta-feira, 18, um jovem de 17 anos foi morto com sete tiros. No final do mês passado o corpo de um ex-presidiário foi encontrado no Conjunto Eduardo Gomes com marcas de golpes de faca. No dia 24 de janeiro, também no Rosa Maria, um ex-taxista foi morto a tiros em via pública.