|
Caso vinha sendo investigado pela 8ª Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Após um julgamento que iniciou por volta das 9h30 e só terminou às 15h desta terça-feira, 25 no Fórum Gumersindo Bessa, o réu confesso César Marcos Santos, foi condenado a sete anos e um mês em regime semi-aberto. Ele assassinou a esposa Verônica Silva Miranda no dia 30 de abril de 2012, com uma faca de serra.
O crime aconteceu dentro do apartamento do casal, no bairro Luzia, após a discussão por César Marcos ter emprestado uma motocicleta [da esposa] ao amigo Cristiano Luiz de Oliveira Monteiro.
“Usei na defesa, o homicídio privilegiado porque meu cliente é réu confesso. Confessou quando foi preso, confessou na última audiência e confessou hoje perante a juíza. Na discussão, ele foi atingido pela esposa e revidou com uma faca de serra. Os dois golpes atingiram fatalmente Verônica Silva. Ficamos satisfeitos com a pena”, comemora a advogada Izabel Cristina Nascimento Carneiro.
A primeira testemunha ouvida foi o amigo do réu, Cristiano Luiz. “Eu peguei a moto emprestada porque era o último dia para fazer a declaração do Imposto de Renda. Foi quando minha esposa me ligou dizendo que César tinha ligado pedindo a moto e eu voltei. Quando cheguei ele disse por alto o que tinha acontecido. Não lembro mais porque já tem muito tempo”, ressalta respondendo à advogada que a roupa do réu estava manchada de sangue.
A esposa de Cristiano também foi ouvida. “Ele me ligou dizendo que tinha emprestado a moto ao meu companheiro que Verônica estava querendo de volta porque ia sair; que tinha ligado para meu companheiro e que ele não atendia, disse que tinha feito uma besteira, mas meu telefone descarregou. Quando eu desci para levar minha cunhada, ele estava lá embaixo aguardando meu companheiro, que chegou entregou a moto e a gente subiu. Não sei mais nada”, complementa Maria Géisa Rodrigues Castor.
César Marcos foi preso na noite do crime, tendo passado 90 dias atrás das grades e conseguido alvará de soltura para responder processo em liberdade.
A juíza substituta Anna Paula de Freitas Maciel presidiu os trabalhos e não permitiu fotos do julgamento no auditório Governador Albano Franco.
Por Aldaci de Souza