Os hotéis de Aracaju tê-m um prazo de 90 dias para capacitar um de seus funcionários para ser guardião de piscina. Essa foi a principal decisão da audiência realizada na manhã de hoje, 28, no Ministério Público entre os proprietários de hotéis, o Corpo de Bombeiros e o MP, representado pela promotora Euza Missano. Os bombeiros serão responsáveis por promover um curso de capacitação aos funcionários a partir da segunda quinzena de março. Audiência com a promotora Euza Missano
“Essa é uma segunda fase de um processo que o MP vem adotando há dois anos com os estabelecimentos. E eu acho que esse é o caminho correto”, fala Humberto Travaína, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). No entanto, o principal problema levantado pelos donos de hotel foi o tempo de estadia do guardião, e de funcionamento da piscina.
“É complicado. O estabelecimento que eu represento trabalha com três guarda-vidas, cada um em um turno. Mas isso complica para os locais menores”, ressaltou Travaína. No entanto, a promotora Euza não viu grandes objeções dos hoteleiros. “Nós já sabíamos que iríamos contar com a boa vontade de todos. A necessidade do guardião não é só por efeito de fiscalização, e sim para manter a segurança dos hóspedes”, comentou.
Como requisito mínimo para o curso de capacitação para Guardião de Piscina, o funcionário deve ter a idade mínima de 18 anos e ter aptidão física. “O curso tem a parte voltada especificamente para o bombeiro, que é a de primeiro socorros”, comenta o comandante do grupamento marítimo dos bombeiros, capitão Miguel Pereira Filho. O curso tem duração mínima de quatro semanas.
Amanhã, 1º, será a vez das escolas e clubes se reunirem com o Ministério Público para regularizar sua situação. A discussão foi remotivada pelo acidente ocorrido durante a semana do carnaval, em que o menino de sete anos Endrik Dantas se afogou na piscina de um hotel e acabou falecendo. Com ele, foram somadas seis crianças vítimas de afogamento em piscinas num período de cinco anos.