Hotel Palace continuará fechado depois de concluídas as obras

Paliativos garantem a segurança no local
As obras emergenciais no prédio do antigo Hotel Palace determinadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), já estão quase concluídas. A Secretara de Estado de Turismo aguarda somente a entrega oficial da Cehop, órgão fiscalizador da obra, que está prevista para acontecer nesta sexta-feira, 15. Dentre os paliativos que foram tomados para garantir a segurança de quem transita sob o prédio estão a retirada das esquadrias de vidro, janelas, pastilhas da fachada e das marquises. 

Tudo indica que, após receber o prédio, a Setur o manterá fechado por um bom tempo. Um dos prováveis destinos cogitados pela secretaria seria revitalizar o antigo hotel. Duas empresas do ramo chegaram a ser contatadas, mas desistiram da proposta depois de avaliarem que o investimento para reabrir o local seria muito alto.  

Manoel Martins trabalha no local há 24 anos, sair de lá seria um problema
No entanto, essa indefinição do destino do Palace não assusta os comerciantes que estão há anos trabalhando sob o prédio, a exemplo do sapateiro Manoel Martins. “Não vejo problema. Afinal esse não vai ser o primeiro prédio que o governo abandona. Se ocuparem o prédio, não vai ser muito vantajoso para os comerciantes, como eu que já estou aqui há 24 anos, e tenho minha clientela. Se isso acontecer vai sobrar pra gente, que vamos ter que deixar nosso ponto”.

A maioria concorda que o que não poderia era continuar como estava, arriscando a vida das pessoas. “A reforma foi bem feita, tem agradado os comerciantes aqui do local. Agora estamos mais tranqüilos, apesar de que o único susto que a gente teve mesmo foi com a queda da marquise, porque já estava muito velha”, declara José Máximo dos Santos, proprietário de uma loja de bolsas e calçados no térreo há dez anos. “Eu não vejo problema em continuar fechado”, completa. 

Restaurante tem bom faturamento no local
“O problema era deixar como estava, por mim pode permanecer fechado desde que façam manutenção. Se colocarem uma repartição, ótimo. Afinal o governo tem tanto prédio alugado, porque não usar esse daqui, já que não teria custo nenhum?”, afirma Patrícia Tereza, gerente de um restaurante instalado há cinco anos no térreo do prédio. Para ela, a idéia de revitalizar o hotel não é boa. “Acho que hotel aqui novamente não teria retorno, os turistas quando vêm preferem ficar na praia, onde há atrativos e estrutura”.

Já o aposentado Francisco Torres é mais radical. Ele passa diariamente pelo local e vê como única saída a implosão do prédio. “Não tem condições de funcionar nenhum tipo de
Para Francisco a solução é implodir o prédio
empreendimento aqui, não existe estrutura como estacionamento, por exemplo. Colocar um hotel ou qualquer outra coisa aqui seria inviável”.

Por Carla Sousa

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