Em outubro, o setor de serviços em Sergipe teve alta de 4,4% em relação ao mês de setembro, na série
com ajuste sazonal. Essa é a quarta alta consecutiva no setor, cuja recuperação teve início em julho. Essa
também é a maior variação positiva registrada no ano, marcado por medidas de restrição relacionadas à
pandemia que atingiram com mais força o setor de serviços. Um reflexo de quão intensa foi a queda do
volume de serviços em 2020 é a variação de –15,0% registrada na comparação entre outubro de 2020 e
outubro de 2019. Apesar de ainda estar em um patamar elevado, as perdas na série sem ajuste sazonal
vêm diminuindo desde junho, após terem registrado –24,2% em maio. No acumulado de 2020, o volume
de serviços acumula –15,6%, valor igual ao registrado em setembro e o mais intenso nos últimos doze
meses. O acumulado dos últimos 12 meses também registrou perdas recordes em outubro (–12,6%),
sinalizando uma recuperação mais lenta no setor de serviços do que a observada no comércio.
Nacionalmente, o volume de serviços teve alta de 1,7% de setembro para outubro de 2020, com avanços
em quatro das cinco atividades investigadas, e destaque para serviços de informação e comunicação que,
ao avançarem 2,6% neste mês, acumularam um ganho de 10,0% no período junho-outubro, após terem
recuado 8,8% entre janeiro e maio de 2020. Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares
aos transportes e correio (1,5%), dos serviços prestados às famílias (4,6%) e dos serviços profissionais,
administrativos e complementares (0,8%). Os dois primeiros setores foram os mais afetados pela
pandemia da COVID-19. Neste sentido, os transportes, ao assinalarem o sexto resultado positivo seguido,
já acumulam ganho de 22,7% entre maio e outubro, mas ainda necessitam avançar 8,8% para atingir o
nível de fevereiro.
Os serviços prestados às famílias registraram a terceira taxa positiva seguida e já acumulam ganho de
80,4% nos últimos seis meses, mas ainda precisam crescer 47,6% para retornar ao patamar de fevereiro.
Os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 5,9% no período de
junho a outubro, após retração de 17,4% verificada entre fevereiro e maio. O único resultado negativo do
mês ficou com outros serviços (-3,5%), que devolveram parte do ganho de 19,2% acumulado nos últimos
quatro meses.
Serviços cresceram em 16 das 27 Unidades da Federação
Regionalmente, 16 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em outubro,
frente a setembro, acompanhando o avanço (1,7%) observado nacionalmente. Entre os locais que
apontaram resultados positivos nesse mês, São Paulo (1,3%) exerceu o impacto positivo mais importante.
Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio de Janeiro (2,5%), da Bahia (10,8%) e do Distrito
Federal (3,2%). Em contrapartida, Mato Grosso (-8,0%) registrou a principal retração em termos regionais.
Frente a outubro de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-7,4%) foi acompanhado por 23 das 27
unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-7,7%), seguido por Rio de
Janeiro (-8,7%), Paraná (-10,6%) e Rio Grande do Sul (-11,7%). Por outro lado, Santa Catarina (2,5%) e
Mato Grosso do Sul (7,6%) assinalaram os resultados positivos mais relevantes.
Fonte: IBGE
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