Idosa é assassinada pelo companheiro em Salgado

Givalda: "quando acordei ele perguntou se eu ainda estava viva" (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

A idosa Cícera Ferreira de Sá, de 66 anos, foi assassinada com golpe de arma branca dentro da própria residência no município de Salgado. O acusado seria o próprio companheiro da vítima, um homem mais jovem que a vítima, localizado logo após o crime e autuado em flagrante por homicídio passional, segundo informações da polícia militar.

De acordo com o tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe da PM5 que é o setor responsável pela comunicação social da corporação, o crime foi registrado por volta das 17 na casa onde o casal residia no povoado Matatas, naquele município. O acusado foi identificado como João Batista dos Santos, 44, que foi preso em flagrante.

João Batista tentou fugir, mas policiais militares realizaram diligências e o localizaram ainda no povoado em local próximo ao local próximo da residência onde aconteceu o crime. De acordo com informações do major Donald Antonio, comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, o acusado permaneceu em silêncio até o momento em que foi encaminhado para a delegacia da polícia civil.

De acordo com o major Donald, o acusado foi conduzido para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Estância, onde está sendo lavrado o flagrante pelo delegado André David. O Portal Infonet tentou ouvir o delegado, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição.

Outras ocorrências

Outras mulheres denunciaram a violência praticada por companheiros, crimes ocorridos no último domingo, 15, e na segnda-feira, 16, na região metropolitana e no interior do estado. Pelo menos duas vítimas foram ao Instituto Médico Legal na manhã desta terça-feira, 17, onde foram submetidas a exames de corpo de delito.

Uma delas fez questão de ser identificada. Trata-se da empregada doméstica Givalda dos Santos Silva, 38, agredida com cabo de vassoura pelo namorado, identificado como Francisco Santos, que seria um servidor público. Segundo a vítima, eles namoram há cerca de nove meses, mas ele nunca teria apresentado reações violentas.

Na noite do domingo, 16, eles se desentenderam e o namorado reagiu de forma violenta, armando-se com um cabo de vassoura atingindo várias partes do corpo da vítima. “Gritei por socorro e ninguém me acudiu, desmaiei e quando acordei ele estava do meu lado, perguntado ‘e ainda não morreu?’”, contou a empregada doméstica. "Ele perguntava se eu ainda estava viva e mandou eu dar queixa", narrou.

Ela revela que tentou prestar boletim de ocorrência na delegacia de polícia do município, mas não conseguiu. Só por volta das 10h da manhã da segunda-feira, 17, teria chegado funcionários à unidade e ela acabou sendo encaminhada para o IML. “Ele [o então namorado acusado pela agressão] até disse: ‘vá dar parte, isso aí para mim não é nada’. Ele disse que é amigo do delegado e que não ia dar em nada”, revela a vítima.

Outro caso de violência doméstica foi denunciado pelo pai da vítima. Eles não querem ser identificados. Mas o pai contou que o ex-companheiro da filha [o casal possui dois filhos, ambos crianças] frequenta a casa da vítima e que as agressões se tornaram comuns. Na segunda-feira à tarde, 16, o filho mais velho do casal, uma criança de apenas sete anos, chegou à casa do avô no conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro, denunciando a violência. “Ele chegou chorando e disse que a mãe estava sendo espancada pelo pai dele. Fui lá para ver o que estava acontecendo e ele quando me viu saiu da casa”, contou o pai da vítima.

Segundo ele, o acusado atirou uma pedra que atingiu a testa da vítima. “Ele tem mulher como propriedade, só aparece na casa dela para perturbar”, diz o pai da vítima. A mulher agredida tem 31 anos e não quis dar declarações, pedindo apenas para manter em sigilo a identidade dela e também do pai.

O Portal Infonet tentou ouvir a Secretaria de Estado da Segurança Pública sobre as dificuldades que uma das vítimas encontrou para prestar o boletim de ocorrência no interior do estado, mas não obteve êxito. A assessoria de comunicação da SSP se comprometeu a encaminhar uma resposta. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana

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