IML libera corpo de taxista nesta manhã

Cícero [à direita] e Adailton: guia de liberação e protesto contra ação policial (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

Foi liberado na manhã desta terça-feira, 10, o corpo do taxista Isaías Felipe, morto por tiros disparados por policiais civis em um trecho da rodovia estadual SE 200, no povoado Cachoeira no município de Gararu. A família está inconsolável, sem aceitar a primeira versão apresentada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública que coloca sob suspeição o comportamento do taxista por conduzir suspeitos por prática de assalto.

Os familiares rejeitam a tese de que o taxista Isaías Felipe seria comparsa daqueles assaltantes e, segundo a família, ele não saiu de São Cristovão no sábado, 7. “Ele assistiu o jogo do Corinthias em um bar no Eduardo Gomes e depois foi jogar bola em uma quadra no Rosa Maria”, conta o irmão dele, Cícero Felipe, que também é taxista. “No sábado à noite, ele jantou lá em casa e depois foi pra casa com a esposa e com a filha”, complementa o sogro da vítima, Adailton Silva, 70.

“Vou contestar toda a versão da Secretaria da Segurança até meu irmão ressuscitar. Meu irmão não era ladrão”, desabafa o irmão, Cícero Felipe. “Depois de morto, prenderam ele. Meu irmão tem que ser tratado como taxista e não como ladrão. Ele foi morto numa pista que não tinha gente, só tinha a polícia”, desabafa. “E agora, eles [a polícia] têm que ter um álibi”, considera Cícero Felipe.

De acordo com a família, o taxista estava preparado para acordar às 4h da madrugada do domingo, 8, mas não conseguiu. Ele acabou despertado antes das 5h, conforme relatos do irmão, por um telefonema de uma mulher, que teria contrato o frete. “Ele saiu dizendo que ia levar uma pessoa. Disse que foi uma mulher que ligou e disse vou levar lá no Sapé”, conta o irmão. “Isso foi o que a esposa dele ouviu, mas ela também não tem certeza se ele falou Sapé ou outro local”, diz Cícero.

O veículo que a vítima conduzia, assim como os documentos pessoais, ainda estão sob o poder da polícia, segundo os familiares. “Ainda não pudemos ver nada dele”, comenta o irmão, questionando a situação em que se encontra o veículo, o Corsa Sedan cadastrado como táxi.

Por Cássia Santana

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