Incêndio destrói depósitos de matéria-prima de fábrica

Telhado de um dos depósitos, desabou
Trabalhadores da Fibraforte do Brasil Ltda, no município de Frei Paulo, continuam unindo forças na tentativa de limpar os depósitos de plumas, atingidos por um incêndio na noite desta quarta-feira, 14.  Equipes do Corpo de Bombeiros de Itabaiana passaram toda a manhã no local tentando controlar o que chamam de rescaldo [resíduos de material inflamável], tentando evitar a retomada do incêndio, devido ao material aquecido.

O fogo iniciou por volta das 19h e os bombeiros de Aracaju também foram acionados, mas não conseguiram impedir que as chamas se alastrassem.  O fogo só foi controlado pelos bombeiros no início da manhã.  A preocupação agora é com as paredes dos fundos da fábrica, que podem desabar a qualquer momento.

Bombeiro tenta controlar o rescaldo
A solidariedade dos moradores do pequeno município, que fica a 74 km de Aracaju, contou no momento em que perceberam que os cinco carros de combate a incêndios com capacidade entre dois e três mil litros de água, eram insuficientes para controlar a situação. “Nós contamos com a ajuda de caminhões de leite, carros-pipas, dos funcionários que moram na cidade e que não mediram esforços e da população de um modo geral”, conta o gerente de manutenção da fábrica, Renan Almeida.

Ele destacou que quando o sinistro aconteceu apenas o vigilante estava no local, foi ele quem ligou imediatamente para os responsáveis pela fábrica de fiação para produtos artesanais. “A fábrica estava totalmente parada. No momento, encontrava-se somente o vigia. Estamos trabalhando com suposições. Não sabemos o que teria causado o incêndio nos dois depósitos de matéria-prima. A gente que trabalha com algodão em plumas sabe que o fogo se alastra muito rápido”, entende Renan Almeida.

Renan Almeida: “Prejuízos enormes”
Prejuízos

Essa não é a primeira vez que a Fibraforte é atingida por incêndios, mas nunca nestas proporções. O levantamento sobre os prejuízos já começou a ser feitos, mas ainda sem números exatos. Quanto à possibilidade de a empresa estar no seguro, o que garantiria a reestruturação da fábrica, o gerente ainda não tem a informação.

“Sabemos que os prejuízos são enormes, pois não é apenas a perda da matéria-prima, mas da parte física dos depósitos, que está totalmente comprometida, sem contar com algumas máquinas danificadas”, lamenta, ressaltando que a fábrica funciona no local há 16 anos e possui cerca de 110 funcionários.

Prevenção

Discordando da informação de bombeiros de Aracaju, de que a empresa deveria ter uma brigada de incêndio, tanto Renan Almeida quanto os funcionários que estavam no local, afirmaram que existem duas caixas d’água grandes, além de depósitos com mangueiras e bombas.  “Nós temos sistema interno de combate e toda uma rede de mangotes, mas não foram suficientes, pois o fogo pegou justamente nos depósitos de matéria-prima”, explica.

Valdenice: “Ainda estamos preocupados”
Vizinhos assustados

A dona de casa Valdenice Ribeiro dos Santos mora na rua que passa nos fundos da fábrica, justamente no local em que as paredes podem desabar. “Eu estava jantando com meu marido e meus dois filhos, quando escutamos os estouros e o fogo subindo de uma só vez. Só deu tempo desligar a fiação elétrica e pegar as crianças, correndo para a casa de uma amiga. Hoje voltamos, mas continuamos preocupados”, afirma, mostrando a fita de interdição na porta de sua casa.

Por Aldaci de Souza

 

 

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