Incêndios: força tarefa para identificar problemas

CDL, Bombeiros e Prefeitura debatem os riscos do cewntro histórico de Aracaju (Fotos: Portal Infonet)

Fiscalização precária, legislação obsoleta quanto às medidas preventivas de segurança e falta de senso de percepção de risco por parte do empresariado. Estes foram os principais pontos observados por representantes da Prefeitura de Aracaju, do Corpo de Bombeiros e dos próprios empresários em reunião ocorrida no início da tarde desta terça-feira, 31, para debater os problemas do centro comercial da capital sergipana, que tem se agravado com os últimos incêndios registrados em diferentes lojas instaladas naquela área.

Por iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a reunião ocorreu na sede da entidade, momento em que foi criado um Comitê Especial para analisar os problemas daquela região e encontrar medidas que possam conscientizar a classe empresarial para adotar mecanismos preventivos que possam evitar catástrofes e novos incêndios.

O Comitê será composto por representantes dos empresários, do Corpo de Bombeiros, do Ministério Público Estadual, da Empresa Distribuidora de Energia (Energisa), da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), da Defesa Civil do Município e de outros órgãos da Prefeitura de Aracaju.

Coronel Carlos: falta legislação adequada

A constituição desta comissão foi formalizada nesta primeira reunião, mas os pontos específicos começarão a ser debatidos na próxima terça-feira, 7 de abril, quando a equipe volta a se reunir às 8h da manhã na sede da CDL, em Aracaju.

Na ótica dos participantes da reunião, ocorreram falhas de todos os lados, acumuladas ao longo dos anos. “Existem falhas históricas e ninguém vai resolver este problema do dia para a noite”, reconhece o empresário Brenno Barreto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas.

Na ótica do coronel Eduardo Carlos Pereira, subcomandante do Corpo de Bombeiros, a ausência de uma legislação mais adequada permitiu a deficiência no sistema preventivo. O subcomandante do Corpo de Bombeiros observa que as antigas edificações e o sistema elétrico velho têm acarretado os problemas. “Falta, também ao empresariado, o senso de percepção do risco”, disse.

O coronel Reginaldo Moura, coordenador da Defesa Civil do Município de Aracaju, admite falhas na fiscalização e também do próprio empresariado e vê como solução um entrosamento maior entre os órgãos públicos fiscalizadores  e a iniciativa privada para evitar maiores problemas.

Brenno, à esquerda: falhas históricas

“Falta um intercâmbio, uma interação maior entre os órgãos de fiscalização e os empresários. O objetivo deste Comitê é justamente tornar mais fácil esse acesso para que possamos fazer as adequações necessárias às normas de segurança”, ressaltou o coronel. “Houve falhas de todos os lados, mas o mais importante é que o proprietário do imóvel faça um diagnóstico do que ocorre, que fique atento aos aspectos de segurança”, enalteceu o coronel.

Por Cássia Santana

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