Os trabalhadores de magistério da rede estadual do ensino público se reuniram para a primeira assembléia do ano na tarde de hoje, 8, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe com o objetivo de definir a pauta da Campanha Salarial e a pauta das reivindicações para o ano de 2007, para homenagear as mulheres, maioria na categoria, e para o lançamento do selo dos 30 anos do Sintese. A principal decisão em assembléia foi o índice de revisão salarial que ficou em 31%, contra os 21,46% prpostos. O plano de carreira e suas gratificações (interiorização – gratificação referente ao professor que trabalha em outro município diferente de sua residência – merecimento, alta qualificação e produção técnica científica) e uma proposta de auditoria nas contas da Secretaria de Estado da Educação, também foram propostos. “Precisamos ter uma clareza de como foi usado os recursos da educação porque a educação está em ruínas”, explica o diretor de comunicação do Sintese, Roberto Silva dos Santos. Toda a pauta de reivindicações foi aprovada pela assembléia.
Joel Almeida
No primeiro momento o presidente do Sintese, Joel Almeida, apresentou alguns informes que estão em andamento e que já foram discutidos em assembléias anteriores como a questão da nota fiscal não aprovada pelo conselho alimentar na compra de carne para a merenda escolar, a remoção de professores das escolas por falta de turmas, uma conseqüência, segundo o presidente do reordenamento da rede na administração do então governador Albano Franco. Como solução foi pedido ao governador Marcelo Déda uma campanha intensiva para as matrículas escolares que na avaliação do sindicato foi tardia, acontecendo apenas no final do mês de janeiro.
A direção do Sintese na pessoa do presidente afirmou que com relação às direções das escolas o sindicato não entraria na questão, por entender que a gestão democrática é a maneira mais eficaz na nomeação da estrutura administrativa nas escolas. “Construir o processo de gestão democrática, e é claro que não havendo, esses diretores deverão ser indicados”, esclarece Joel Almeida. Outros aspectos abordados na primeira etapa da assembléia foram a situação das escolas em estado precário de infra-estrutura, a metodologia do Programa de Inclusão Digital na aquisição de computadores pela categoria, como o Ipes Previdência e o Ipesaúde.
Campanha salarial
O assunto mais esperado da tarde foi a campanha salarial, motivo pelo qual muitos representantes da categoria estavam presentes. O índice de revisão apresentado foi de 21,46%, entendendo que não há aumento já que o salário da classe é defasado e há apenas revisão em cima de ajustes inadequados. O percentual foi discutido em assembléia e diante de todos os cálculos feitos baseados no plano de carreira de abril de 1995 (último ano em que houve um ajuste equivalente a revisão salarial) a abril de 2007, a assembléia votou e decidiu que o índice ficaria em 31%. Uma média entre as porcentagens reivindicadas pelo início de carreira do nível médio e o início de carreira do nível superior.
Comentários