Indignados, ambulantes lutam para permanecer na Orla

Ambulantes deverão sair da Orla até a próxima quinta-feira (Fotos: Portal Infonet) 

Jhonatas fala que a alegação da Emsetur não justifica 

Notificação recebida pelos ambulantes ontem 

Gislaine quer permanecer na região e teme o prejuízo durante o Carnaval

Após notificação da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) proibindo a comercialização na Orla da Atalaia, os vendedores ambulantes que atuam área se reuniram na noite desta terça-feira, 10, para expressar a indignação diante da situação. A determinação é para que os comerciantes deixem o espaço em até 72 horas.

De acordo com os comerciantes, a Emsetur alega que eles devem sair do local por estarem atrapalhando as vendas nas feiras de turistas da Orla. Jhonatas dos Santos é comerciante e um dos representantes dos ambulantes que atuam na Orla de Atalaia. Ela fala que a justificativa da Emsurb não representa a realidade.

“Três anos atrás, já tiraram o pessoal da calçada e as feiras não vendiam. Nós não estamos atrapalhando o trabalho deles. Aqui, tem pai que paga a faculdade dos filhos, pessoas que dependem disso há mais de 20 anos. Não pode simplesmente tirar o pessoal daqui”, falou Jhonatas.

Para muitos dos comerciantes, o que mais preocupa é o momento determinante em que a decisão foi tomada: o Carnaval. Os ambulantes afirmam que terão grande prejuízo sem poder trabalhar na região durante esse período.

Gislaine Dórea, que trabalha há mais de 10 anos na Orla e tem duas filhas pequenas, explica que a decisão não poderia ter sido tomada dessa maneira. “Nós nos preparamos para vender durante o Carnaval, estamos com mercadoria estocada. E também tem o turista, que espera por isso”, contou a ambulante.

Selma Nunes faz apelo para que os comerciantes possam atuar pelo menos durante o Carnaval. “Nós não tiramos o espaço de ninguém, só queremos trabalhar. O que a gente pede é que a gente possa atuar pelo menos durante esse período pra não perdermos a mercadoria estocada”, falou.

Emsetur

A assessoria de comunicação da Secretaria do Estado de Turismo e do Esporte, fala que as notificações feitas pela Emsetur são direcionadas aos comerciantes que atuam na região de forma irregular. Segundo a ascom, após o Carnaval, a Secretaria se reunirá com os ambulantes para ouvi-los e tentar negociações.

Sobre o prejuízo que os ambulantes terão durante o Carnaval, a assessoria informou que as pessoas que trabalham com o mercado informal de forma irregular sabem dos riscos que correm.

Por Helena Sader e Verlane Estácio

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