Integrantes do MPL acorrentam-se no Palácio Inácio Barbosa

O Movimento do Passe Livre, em Aracaju,

Integrantes do MPL preferiram não se identificas. Disseram apenas que dois são do Cefet, um do colégio Tobias Barreto e um da UFS
resolveu cumprir as promessas que tinham feito, ainda no mês de janeiro, com relação à radicalização das atividades contra o aumento da tarifa do transporte público em Aracaju. Prova disto é que hoje de manhã, quatro integrantes do movimento se acorrentaram ao corrimão da escada do Palácio Inácio Barbosa, sede do gabinete do prefeito Marcelo Déda.

Segundo os integrantes do MPL, o ato foi definido durante a última reunião do coletivo, ocorrida na segunda-feira dia 6 de fevereiro. Eles explicam que a decisão de realizar a manifestação foi motivada pelo fato de a Prefeitura Municipal de Aracaju, até o momento, não ter atendido às reivindicações do movimento, além de não ter mantido um diálogo com o MPL.

“Bosco Mendonça recebeu a nossa carta de reivindicações. O prefeito Marcelo Déda também, mas até agora nada foi discutido. Nós tentamos acreditar na Prefeitura de Aracaju. Eles disseram que até o dia 26 de janeiro iam nos comunicar a data da audiência pública que nós reivindicamos, mas a resposta da PMA foi o silêncio”, disse um dos integrantes do MPL que se encontra acorrentado no palácio.

Os manifestantes, que preferiram não se identificar, informaram que houve uma tentativa por parte da Prefeitura em desacreditar o movimento. “A SMTT estava dizendo que o movimento não dialogava, mas quem não quer discutir é a MPA. Estamos aqui acorrentados num ato pacífico”, disse um dos integrantes do MPL, acrescentando que eles querem falar com alguma autoridade do poder executivo.

Condições – Para deixar o palácio Inácio Barbosa, os manifestantes colocaram como condição a presença de alguém da Prefeitura de Aracaju que discuta uma data e a metodologia da audiência pública que eles já tinham solicitado. Além disso, eles querem ainda acesso aos dados técnicos referentes ao transporte público em Aracaju.

“Queremos acesso à planilha de custos, a quantidade de diesel que é gasto, ao índice de passageiros por quilômetro, ao tempo médio que os passageiros passam dentro do transporte coletivo, enfim tudo o que se refira ao Transporte público em Aracaju. Porque apesar de eles dizerem que esses dados são públicos nós ainda não tivemos acesso a eles”, declarou um dos quatro acorrentados.

Ele continuou afirmando que a planilha de custo a qual o movimento teve acesso não é satisfatória. “A planilha de custo que nos apresentaram é superfaturada, superficial e cheia de falhas. Nós queremos uma planilha completa com todos os dados para podermos analisar antes da audiência e podermos apresentar a nossa proposta”, disse o integrante do MPL.

Audiência – Sobre a audiência pública o MPL informou que eles querem que a metodologia da mesma seja discutida. Segundo a proposta do movimento a audiência deverá ter um caráter esclarecedor para a população além de ser um espaço democrático onde todos possam debater o assunto. “Não queremos que ela ocorra num auditório pequeno e fechado. Queremos um espaço amplo onde a população possa comparecer para discutir”, argumentou um dos acorrentado.

Permanência – Questionados sobre quanto tempo pretendem permanecer no palácio, os manifestantes disseram que isso vai depender da própria Prefeitura. “Estamos preparados para permanecer aqui o tempo que for necessário”, afirmaram. Eles acrescentaram que caso eles não sejam atendidos até as 18 horas, será feita uma avaliação do movimento e então definido o próximo passo a ser tomado.

“Mesmo que não sejamos atendidos até às 18 horas não vamos desistir. Uma atitude dessas por parte da Prefeitura Municipal de Aracaju só vai comprovar a falta de diálogo da administração com o movimento”, afirmaram os quatro acorrentados, informando que fora as duas reivindicações apresentadas, o MPL quer ainda a redução imediata da tarifa e o passe livre para estudante.

Polícia – Até o momento não houve o uso de força contra os manifestantes. Cinco policiais da Guarda Municipal encontram-se no local prestando atenção aos integrantes do movimento. “Ouvi as reivindicações dos manifestantes e informei-as ao chefe de gabinete, Oliveira Júnior, que deve vir para cá conversar com os manifestantes”, disse o diretor geral da Guarda, major Eduardo Henrique Santos. 

O major informou ainda que enquanto a manifestação for entendida como um ato pacífico e democrático os integrantes do MPL poderão permanecer no local. “Desde que o ato mantenha o caráter pacífico e não inviabilize o funcionamento do serviço público eles irão ficar no palácio”, disse o major. Ele declarou ainda que, caso dê 18 horas e os manifestantes permaneçam no prédio, será feita uma solicitação para que eles se retirem e dê prosseguimento ao ato no dia seguinte.

Pausa – Por fim, os integrantes do movimento fizeram questão de esclarecer a pausa ocorrida nas manifestações. Segundo eles, isso não significou que o movimento estivesse parado ou desacreditado. “Neste tempo em que estivemos fora da rua estávamos estudando, conversando com os movimentos populares e organizando o movimento nacionalmente”, justifica um dos integrantes do MPL.

A equipe do Portal InfoNet tentou contato com o chefe de gabinete, Oliveira Júnior, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu encontrá-lo para comentar o assunto. 

Por Alice Thomaz
Da Redação do Portal InfoNet

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