Boa parte das cerca de 200 famílias que tiveram seus barracos derrubados nesta sexta-feira, 30, na invasão Nossa Senhora Aparecida, em Socorro, aguardam uma posição do Poder Público para saber para onde vão. A execução da ordem judicial que ordenou a desocupação da área ocorreu durante todo o dia e permanecem no local apenas os caminhões que levarão os pertences dos moradores que conseguiram abrigo com parentes. Nesta tarde apenas os caminhões e tratores recolhiam materiais no local
De acordo com Sérgio Antônio Bonfim, um dos líderes do movimento de ocupação, até o momento nenhuma autoridade Municipal ou Estadual se manifestou sobre o assunto. “Esperávamos pelo menos um cadastro em algum desses programas de moradia, de que as pessoas tanto falam. Quem não tem lugar para ir, teve que queimar o que restou e ficar pelas ruas mesmo”, conta.
Sérgio afirma que uma manifestação será organizada ainda na próxima semana, onde o alvo do protesto será a Prefeitura Municipal de Nossa Senhora Socorro, a fim de conseguir uma posição do prefeito Fábio Henrique. Alguns moradores, que não tinham para onde ir, queimaram o que tinham
A construtora proprietária do terreno disponibilizou transporte para o que sobrou das casas e barracos, mas o representante dos moradores reclama que os veículos não levarão os materiais ao interior do Estado, onde algumas famílias conseguiram moradia com parentes.
Ainda segundo ele, o Conselho Tutelar de Socorro esteve no local oferecendo abrigo apenas às crianças, medida rejeitada por todos. “Nossos filhos não estão jogado, eles têm pai e mãe”, protesta.
Prefeitura refuta omissão
Caminhões cedidos pela empresa dona do terreno transportarão materiais
O secretário de Comunicação da prefeitura de Nossa Senhora do Socorro, André Carvalho, nega que o Município esteja omisso nesse caso e ressalta que houve um acompanhamento da situação. “As pessoas sabiam que o terreno era particular”, afirma.
Ainda segundo ele, atualmente a Prefeitura não permite que novas invasões surjam. Muitas das famílias que foram retiradas do local nesta sexta, 30, viviam lá desde 2007. “Pra gente essa é uma situação muito complicada. Infelizmente não temos o que fazer”, afirmou.
Desocupação foi pacífica
Apesar de três pessoas terem passado mal durante a desocupação, o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Enilson Aragão, que comandou a operação, ressaltou que a ação ocorreu de forma tranquila. “Não houve resistência. Foi tudo extremamente pacífico e foi dada a possibilidade para os moradores retirarem os seus pertences que serão levados por transportes cedidos pelo proprietário do terreno”, afirmou.
Por Diógenes de Souza e Carla SousaPortal Infonet no WhatsApp
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