Invasores de hotel deverão deixar o local ainda esta semana

O Gabinete de Gerenciamento de Crises e Conflitos da Polícia Militar espera que os invasores do prédio de uma construção abandonada de um hotel na Atalaia deixem o local pacificamente ainda essa semana. A informação é do Coronel Luis Fernando, coordenador do gabinete que já foi responsável pela desocupação de outras invasões na capital. Ele explica que “somente usaremos a força se não tiver como se fazer cumprir a decisão de forma pacífica”.

No próximo dia 2 de junho completa um mês do início da invasão que iniciou com 87 famílias e hoje já conta com aproximadamente 310, segundo dados do Movimento dos Trabalhadores Urbanos (Motu), que lidera a ocupação. A cada dia novas famílias chegam de mudança para o local que foi denominado ‘Ocupação 1° de Maio’, e prometem que só deixarão o prédio com a promessa de moradia feita pelo poder público.  

“Por enquanto a tendência é resistir, até que a gente consiga uma forma de negociar a viabilização de um cadastro formal para essas famílias conseguirem uma moradia digna”, afirma um dos coordenadores do Motu, Marcos Simões. Ele afirma que já foram feitos contatos com parlamentares municipais e estaduais e acredita que o poder público tem dinheiro, mas falta boa vontade para acabar com o problema de moradia dessas famílias.

O Coronel Luis Fernando afirma que também está tentando buscar junto às autoridades um local para que as famílias sejam levadas após saírem do prédio, mas mesmo sem conseguir este local provisório a desocupação terá que ser cumprida. “Se eles insistirem em permanecer teremos que usar a força. Mas teremos que fazer isso com todo cuidado e dignidade que o ser humano deve ser tratado”, explica.

Ele acrescenta que tem conhecimento que nem todas as famílias que ali estão são sem teto. “Eles podem não ter moradia própria, mas acredito que têm um lugar para onde ir”.

Prédio

O local onde as famílias estão alojadas é de propriedade do advogado, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Aracaju, Viana de Assis. O hotel começou a ser construído em 1986. Para execução da obra seriam investidos recursos do Governo do Estado e Sudene, o que nunca aconteceu. Viana chegou a investir R$ 4 milhões até que resolveu processar o Estado para honrar o compromisso de participação na construção.

Por Carla Sousa

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