Em continuidade às investigações sobre a morte de um casal de idosos no último dia 20 de agosto, a Polícia Civil e a Polícia Científica deflagraram novas diligências de coleta e análise de vestígios biológicos para elucidar o crime.
Na última segunda-feira, 28, as equipes coletaram material genético que será confrontado com elementos encontrados na cena do crime. Há uma linha de investigação em andamento que direciona para um duplo homicídio é já um suspeito do crime sendo investigado pela Polícia Civil, conforme informou a Delegacia de Japoatã.
De acordo com as investigações, após ouvirem gritos dentro da residência, os vizinhos acionaram a polícia. A Polícia Militar foi acionada e, no local, os militares encontraram os idosos atingidos por golpes de faca. Os policiais acionaram o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), que encaminhou a Polícia Científica.
Levantamentos periciais e investigação
As equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) chegaram ao local, fizeram os primeiros levantamentos, perícia e recolhimento dos corpos. A Polícia Civil iniciou as diligências no mesmo dia do fato.
Segundo o perito criminal Charles Carvalho, do IC, no início da apuração pericial havia a suspeita de feminicídio e suicídio. “Mas, após analisar a cena do crime, foi detectado que uma terceira pessoa teria cometido o duplo homicídio e fugido pela porta dos fundos, que foi encontrada aberta”, revelou.
Para a perita médica legal Mônica Figueirôa Santana, do IML, a situação dos corpos dos idosos era chocante. “Pois a crueldade com que os idosos foram atingidos por múltiplos golpes de faca foi comovente. Ambos foram atingidos em vários locais, sendo que a maioria das lesões no idoso eram na região torácica e, na idosa, na região dorsal e na nuca. Todos ficamos chocados”, afirmou.
Na segunda-feira, 21 de agosto, a Polícia Civil iniciou a investigação. Conforme o delegado de Japoatã, Paulo Nunes dos Santos, foi instaurado inquérito policial na data. “E as oitivas iniciaram no mesmo dia para dar seguimento o mais rápido possível prezando pela segurança da população da região. Houve denúncias de um suposto autor do brutal crime”, ressaltou.
Ainda de acordo com o delegado Paulo Nunes dos Santos, o suposto autor do crime tem antecedentes criminais no município de Ilha das Flores. “E temos uma ocorrência ainda inconclusiva por falta de provas, no qual havia um crime similar, ocorrido no dia 17 de abril de 2023, no qual ele também é suspeito”, acrescentou.
No decorrer da apuração policial, o delegado Paulo Nunes, entrou em contato com os responsáveis pela realização da perícia, do caso ocorrido no dia anterior, o perito criminal Charles Carvalho e a perita médica legal Mônica Figueirôa para encontrar provas suficientes sobre a autoria do crime.
Continuidade das investigações
Na última segunda-feira, 28, uma nova fase da investigação foi iniciada. As equipes da Polícia Civil e da Polícia Científica voltaram à cena do crime e à casa do suspeito. Na ação, novos elementos que serão periciados foram recolhidos.
“Chegamos em Japoatã e conseguimos, por meio de análises minuciosas, encontrar no local do crime novos vestígios. Foram coletados cinco swabs que serão encaminhados ao Instituto de Análises e Pesquisas Forense (IAPF) para o confronto do DNA do suposto autor e que farão parte do laudo pericial comprovando cientificamente a autoria”, afirmou o perito criminal Charles Carvalho.
Além disso, um protocolo pericial para detecção de sangue latente foi realizado, como destaca o perito criminal e analista de manchas de sangue Charles Vargas Lopes. “Diante da suspeição envolvendo a ocultação das manchas de sangue presentes em objetos supostamente vinculados à ação homicida, procedeu-se a um teste no qual uma reação de quimioluminescência norteia a presença de sangue, permitindo a coleta seletiva deste vestígio para exames bioquímicos/genéticos no IAPF”, detalhou.
O delegado da Polícia Civil do município de Japoatã, Paulo Nunes dos Santos, concluiu que as investigações seguem em andamento para elucidar o crime. “O nosso trabalho durou quase cinco horas na busca de vestígios que servissem de provas para podermos fazer justiça e a disponibilização de todos os peritos criminais envolvidos no caso foi essencial para darmos uma resposta à população e à imprensa”, pontuou.
Fonte: SSP/SE
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