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Barricadas de fogo bloquearam a passagem dos carros (Fotos: Portal Infonet)
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Moradores do município de Itabaiana bloquearam parte da BR 235, no trecho que corta o município, em protesto a mais um acidente ocorrido na altura do km 52, nas imediações do bairro Campo Grande. Desta vez, a idosa Maria Alexandrina de Jesus, 66, morreu na hora ao ser atingida por um caminhão quando atravessava a via de bicicleta. O caso revoltou a população, que ateou fogo em pneus, galhos secos, placas de sinalização e carcaças de veículos.
Maria Alexandrina, conhecida como ‘Joaninha do Hospital’, foi vitimada por volta das 9h. O morador Wanderson Pascoal dos Santos explica o caso. “Ela ia atravessando a pista, indo para a casa do filho, e o caminhão ia em direção a Aracaju. O impacto fez com que ela fosse lançada e caísse de cabeça no chão”, diz. Wanderson afirma que acidentes do tipo são constantes na região. “Ainda na semana passada um rapaz foi atropelado e perdeu o pé aqui na rodovia”, relata.
Denilson da Silva Ribeiro mora próximo ao ponto em que o acidente ocorreu, e manifesta sua indignação. “Todo mundo ficou abalado por que nós temos filhos, e a qualquer momento algo pode acontecer por que os carros passam em alta velocidade. Há tempos que a gente pede que sejam colocados quebra-molas, radar, sinalização e uma passarela para os pedestres, mas ninguém nos atende”, conta.
O morador salienta que a situação prossegue há mais de dois meses, desde que foram concluídas as obras de ampliação do número de vias. “Todo dia tem atropelamento aqui. Se a gente for ver a quantidade de acidentes, parece que tem bem mais tempo. Dessa vez foi a ‘gota d’água’”, expõe.
O policial Amós, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), assistiu a ocorrência e afirma que a manifestação ganhou proporções exacerbadas. “Eles começaram a bloquear a via por volta das 11h, logo depois que o Instituto Médico Legal [IML] veio buscar o corpo. De fato, neste ponto acontecem diversos acidentes. No entanto, quando levantamos a possibilidade de chamar o Corpo de Bombeiros para conter as chamas, eles disseram que iriam atear fogo no carro da polícia”, explica.
DNIT
Por reivindicação dos moradores, a PRF entrou em contato com a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no intuito de iniciar uma negociação. Mediante ofício, o órgão comprometeu-se a construir redutores de velocidade em pontos específicos das vias laterais em um prazo máximo de 48h. O documento reforça que a sinalização vertical para indicar o local dos redutores será implantado em 10 dias. O ofício foi assinado pelo superintendente substituto do órgão, o engenheiro Carlos Alberto de Moreira Sarmento.
Após a entrega do documento aos manifestantes, a via foi liberada. Os moradores afirmam que irão iniciar um novo protesto caso o prazo fixado pelo DNIT não seja cumprido.
Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio
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