João das Graças tem mandato suspenso

O plenário da Assembléia Legislativa acatou a sugestão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e, por unanimidade, suspendeu, por 30 dias, o mandato do deputado estadual João Joaquim dos Santos – o João das Graças. Neste período, o parlamentar terá todas as suas prerrogativas sustadas, inclusive não receberá o salário relativo a este mês. O deputado foi acusado de ter dado um tiro em um primo, no mês de maio. Após confessar ter atirado, João das Graças disse que agiu em legítima defesa. Apesar disso, o inquérito policial concluiu pelo seu indiciamento e o Ministério Público do Estado protocolou no Tribunal de Justiça, denúncia no qual o deputado estadual João das Graças e seu irmão, o prefeito de Graccho Cardoso, José Eunápio dos Santos, por tentativa de homicídio qualificado. Apesar de terem votado a favor do relatório, os deputados que fazem oposição ao Governo do Estado, afirmaram que só concordaram com a punição por não haver outra opção. A deputada petista Ana Lúcia Menezes foi uma das que se pronunciou contrária ao parecer do relatório. Segundo ela, a violência é muito séria mas os únicos penalizados são os sem-teto, os funcionários públicos, os sem-nada. “Precisamos punir quem realmente precisa ser punido. Mas, na história brasileira, os punidos são os excluídos, por uma situação perversa”, disse. Também o deputado Gilmar Carvalho, do PV, lamentou a decisão. Em seu discurso, no Plenário da AL, afirmou que um parlamentar não deve portar arma. “Por que alguém, que não é polícia, tem que andar armado? Gostaria de saber.”, questionou. Para ele, o relatório que concluiu pela suspensão de 30 dias não é suficiente. ‘É uma pena muito pequena e um prêmio, com uma pitada de advertência, para que não faça mais”, afirmou. Dizendo que não ser dono da verdade, o deputado disse que sua posição pessoal era pela cassação de João da Graças. O deputado não compareceu a sessão que decidiu pela sua suspensão.

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