Jovem mantém família em cárcere privado

Sasrgento Simone: dificuldade para prestar o BO (Fotos: Portal Infonet)

Um jovem de 22 anos manteve a esposa, a filha [um bebê de apenas um ano de idade] e a irmã em cárcere privado durante algumas horas. Ele trancou todas as portas do imóvel e impediu que as duas mulheres, ambas adolescentes, saíssem da casa, onde o casal convivia, em uma vila no Loteamento Novo Horizonte, no município de Nossa Senhora do Socorro.

De acordo com os primeiros levantamentos realizados pela equipe da 1ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar, o acusado, identificado apenas como David, seria usuário de drogas e teria entrado em conflito com a esposa. Conforme informações do sargento Valdemar Santos Filho, o acusado ameaçou matar a companheira e também o sogro.

No primeiro momento, o acusado ficou na porta da residência fazendo ameaças, mas entrou assim que percebeu a aproximação dos policiais. Além de ameaçar a companheira de morte, ele disse que iria cortar o cabelo dela. “Ele ainda me bateu. Agora, eu vou voltar a morar com minha mãe”, desabafou a adolescente, em conversa com o Portal Infonet.

Momento em que a vítima chega à Delegacia com a equipe da PM

Segundo o sargento Valdemar, o acusado fez duas ligações telefônicas para o suposto comparsa. No primeiro momento, para pedir a arma que seria usada para matar a companheira e o sogro e, no segundo momento, já dentro da casa para pedir apoio para fugir.

A sargento Simone Linhares, que integrou a equipe da PM que atuou no episódio, revelou que o acusado deixou as duas adolescentes e a criança trancadas, que os policiais foram obrigadas a quebrar os cadeados das portas para ter acesso ao interior da casa. Mas a equipe não conseguiu prender o acusado porque ele fugiu pelos fundos e deixou a motocicleta na porta da casa. A moto foi conduzida para o pátio da delegacia.

A policial disse também que encontrou dificuldades para registrar o Boletim de Ocorrência em três diferentes delegacias. Só no início da tarde, ela e a equipe conseguiram fazer o BO no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Nossa Senhora do Socorro.

Por Cássia Santana