Juiz cobra paradeiro de carro que matou procurador aposentado

Procurador foi vítima de atropelamento em abril de 2014 (Foto: Reprodução documento da vítima)

O juiz Alício de Oliveira Rocha, da 5ª Vara Criminal, concedeu prazo de 24 horas para a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) informar o paradeiro do veículo que atropelou e matou o procurador do estado aposentado Antonio de Melo Araújo. A vítima foi atropelada no dia 6 de abril de 2014 por um Polo de cor prata, com placas clonadas. O carro foi abandonado nas imediações da área onde ocorreu o atropelamento e apreendido pela Polícia Civil.

A assessoria de imprensa da SSP/SE informou que o veículo permanece estacionado no Galpão de Custódia da Polícia Civil, espaço destinado para abrigar carros roubados e que ficam à disposição do Poder Judiciário, até sentença final. Segundo a assessoria, a informação já foi encaminhada para o juiz da 5ª Vara Criminal.

O atropelamento foi classificado como crime pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, considerando que o veículo teria sido utilizado como arma para matar o procurador aposentado. A então companheira do procurador, Anoilza Santos Gama Melo de Araújo foi presa e figura como ré na ação penal, suspeita de articular a morte do procurador. Também está na relação dos réus, Manoel Nogueira Neto. Dentro do carro usado para supostamente matar o procurador, a polícia encontrou faturas referentes ao consumo de energia elétrica em nome de Manoel Nogueira Neto. Os dois suspeitos serão submetidos a júri popular na quarta-feira, 24.

Placa clonada

De acordo com a investigação policial realizada em 2014 a placa do veículo encontrado foi clonada. O carro usado naquele episódio apresentava placa MUY 6908, licença de Maceió. Nas investigações, a polícia civil constatou que o veículo possuía restrição de roubo e furto e a placa original, com as letras destacadas, teria sido licenciado pelo Estado do Rio de Janeiro para um outro carro, e não para aquele Polo prata.

A viúva do procurador nega qualquer envolvimento na morte do procurador aposentado, mas os filhos do primeiro casamento não têm dúvidas de que a morte do procurador aposentado foi de fato articulada por Anoilza.

por Cassia Santana

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