Jurista defende reforma sindical e diz que CLT é flexível

Discutir os rumos das relações trabalhistas em um mundo que passa por mudanças radicais. Este é o grande desafio do XXV Congresso Nacional dos Advogados Trabalhistas, que inicia hoje, às 19 horas, no Hotel Parque dos Coqueiros e segue até o próximo dia 4. Se o desafio é grande, não falta gente habilitada para tratar do assunto. Um bom exemplo é o patrono nacional do evento, o ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, Arnaldo Sussekind, que participa da programação, Do alto de seus 86 anos, o jurista, que inclusive é o único brasileiro ainda vivo que participou da comissão organizadora da Consolidação das Leis Trabalhistas, em 1943, tem opiniões claras e firmes sobre o assunto. Em entrevista concedida à imprensa, na tarde de ontem, o advogado atacou o que, segundo ele, são alguns entendimentos errôneos disseminados pela mídia, como a idéia de que a legislação trabalhista brasileira é rígida. Sussekind é de opinião de que em vez de tentar desregulamentar as relações trabalhistas no Brasil, o Governo Federal deveria correr atrás do crescimento da economia. O jurista também acredita que, por conta da concorrência no mercado internacional mundial, está ocorrendo uma busca desenfreada pelo rebaixamento dos custos da produção em todos os níveis da economia. Isto resultaria, conseqüentemente, em uma redução dos direitos e condições de trabalho. Outro ponto que defende veementemente, é a Reforma Sindical que, entre outras coisas, segundo o jurista, deve acabar com a contribuição sindical compulsória. Confira os principais trechos da entrevista: Sobre a Reforma da Previdência Sobre a Reforma da Trabalhista Sobre a Reforma Sindical