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Famílias fazem a retirada dos imóveis (Fotos: Portal Infonet) |
Oficiais de justiça estiveram na manhã desta sexta-feira, 16, em um terreno [Lar Boa Esperança] localizado na rua Maria Rezende Machado no bairro Coroa do Meio, para o cumprimento da reintegração de posse das 45 famílias que residem no local desde julho de 2014. Policiais Militares estiveram acompanhando a reintegração que foi realizada de forma pacífica. As famílias fizeram a remoção dos imóveis dos barracos, sendo acompanhado de perto pelo olhar de diversas crianças que residem na localidade.
A reintegração de posse, foi acatada pelo juiz de direito Luis Gustavo Serravalle Almeida da 6ª Vara Cível deferida em 7 de agosto de 2014, após ação movida pelo proprietário do imóvel.
De acordo com a coordenadora do movimento, Rinalda Barbosa, a ordem judicial será acatada. “Ordem judicial é para ser cumprida e vamos desocupar os imóveis, mas vamos permanecer aqui em frente até que a prefeitura nos ajude com um auxílio moradia”, diz.
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Imóveis foram colocados em frente ao terreno ocupado |
O proprietário do terreno enviou um caminhão para que as famílias pudessem abrigar os móveis e fossem levados a um galpão, no entanto, os ocupantes ficaram irredutíveis e optaram por colocar os "bens" na frente do terreno.
Temerosa com a situação, Regina Célia Gentil dos Santos disse não saber para onde ir. “Não tenho para onde ir a não ser que alguém me dê um apoio. Eu não posso trabalhar. Além de mim, muitas famílias estão com crianças aqui e não sabem para onde ir como eu. Esperamos que o prefeito olhe por nós”, pede.
Auxílio moradia
A Defensoria Pública do estado vem desde o ano passado acompanhando a situação das famílias e entrou com uma ação solicitando que o município de Aracaju concedesse auxílio moradia as famílias. A liminar foi acatada pela juíza Simone de Oliveira Fraga, entretanto, o município recorreu da decisão e a presidência do Tribunal de Justiça acatou o recurso da prefeitura, impedindo a concessão do auxílio.
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Rinalda Barbosa diz que a ordem judicial será acatada
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O defensor público Alfredo Nicolau esteve no terreno para acompanhar a desocupação e informou que já entrou com um agravo regimental para que o pleno do tribunal reveja a decisão da presidência do TJ. “Agora no dia 15 entramos com um agravo regimental, um recurso contra a decisão da presidência do TJ para que fosse reconsiderada e para restaurar a decisão do auxílio, mas até o presente momento, não houve decisão do Tribunal a respeito do nosso pedido. Estamos aguardando o recurso do agravo para que seja revista a decisão e concedido o auxílio a essas famílias”, informa.
Por Aisla Vasconcelos
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