Justiça determina demolição em área permanente na Barra

Demolição aconteceu na manhã desta quarta-feira (Fotos: Secom/Prefeitura Barra)

Representantes de Áreas Permanentes da Prefeitura da Barra dos Coqueiros e da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) acompanharam na manhã desta quarta-feira, 15, a demolição de muros em terrenos localizados no Rio das Canas.

São mais de 30 casas construídas em áreas de preservação permanente nas proximidades do rio Mangaba. “A Comissão está vigilante para que não hajam mais ocupação nessas áreas e hoje acompanhamos os trabalhos de demolição do muro de um terreno juntamente com o pessoal da SPU”, explica o ouvidor da Prefeitura da Barra e integrante da Comissão de Áreas Permanentes”, Edson Aparecido Santos.

A demolição aconteceu por determinação da Justiça Federal, onde tramitam nove processos referentes às ocupações em áreas permanentes na Barra dos Coqueiros. “As demolições estão acontecendo em construções novas, as antigas estão aguardando julgamento na 1ª Vara Federal”, enfatiza.

"Dono" do terreno estaria morando em São Paulo

Edson camisa branca] acompanhou juntamente com pessoal da SPU

Área após a demolição (Fotos: Portal Infonet)

Jânia Santos mora no local há mais de 20 anos

Prédios construídos na mesma área

No local, moradores temem pela demolição das casas, mas ao mesmo tempo confiam na transferência para moradias populares. “Eu moro aqui com meus quatro filhos há mais de seis anos e vivemos preocupados em ter que sair a qualquer momento, mas já recebemos a promessa de que vão botar a gente em outras casas”, diz Fátima de Jesus.

A vizinha do terreno, cujo muro foi demolido, Jânia Santos informou que o local estava servindo de abrigo de marginais. “O dono mora em São Paulo e estavam entrando até mesmo para fazer as necessidades fisiológicas. O mal cheiro era insuportável aqui na minha casa. Eu m oro aqui há mais de 20 anos e ainda tenho a esperança de que não tirem a gente daqui”, afirma.

Na mesma área, foram construídos vários blocos de apartamentos. Indagado, o ambientalista Edson Aparecido esclareceu: “Os apartamentos foram construídos bem depois das casas, tendo obtido a liberação da Adema e não da Prefeitura da Barra. Também estão na Justiça”.

Por Aldaci de Souza

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