Laboratório Sismológico diz que é impossível prever tremores

Último tremor de terra foi registrado em Malhador (Foto: LabSis)

O coordenador do Laboratório Sismológico da Universidade do Rio Grande do Norte, Aderson Nascimento, disse nesta quarta-feira, 16, que prevê quando e onde vão ocorrer os tremores de terra é uma tarefa impossível. O assunto tem norteado as discussões de muito moradores do interior de Sergipe, sobretudo, aqueles nos quais foram esses fenômenos foram registrados.

Somente este ano, foram dois tremores de terra em Sergipe: no dia 12 de janeiro, quando foi registrado um tremor em Malhador com intensidade de 1,7 na escala Richter; e no dia 9 de janeiro, em Frei Paulo, com magnitude de 2,6. Em 2018, pelo menos quatro foram registrados. De 1800 até 2019, segundo estudos da Universidade de Brasília (UNB), aconteceram 12 tremores no Estado, com magnitudes variando entre 2,2 e 2,4.

“Não temos como saber se esses tremores vão aumentar ou diminuir. Em nenhum lugar do mundo, é possível fazer uma afirmação desse tipo. O que se sabe em relação a Sergipe, é que há uma falha geológica, mas com magnitudes que não são preocupantes. Nosso papel enquanto laboratório sismológico é monitorar a atividades e informar o que está acontecendo à Defesa Civil e autoridades”, explica.

O coordenador explica também que a tecnologia e a facilidade em disseminar informações trazem a sensação de que a ocorrência de tremores aumentou nos últimos anos. “A percepção de que esses tremores estão aumentando é pelo fato de atualmente existir um monitoramento maior e os meios de comunicação. Hoje em dia, existe a internet e os blogs, twitter, whatsapp, provocando uma profusão de informações, diferente da da década de 70 e 80, quando as coisas eram pouco relatadas”.

por Verlane Estácio

 

 

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