Lagarto tenta parceria para obras em matadouro

Prefeitura de Lagarto estuda PPP para obras em matadouro da cidade (Foto ilustrativa: Arquivo FPI)

A Prefeitura de Lagarto não possui condições financeiras para arcar com os custos da reforma do abatedouro da cidade, conforme fora solicitado pelo Ministério Público por decisão judicial.

Hoje, segundo Aloísio Andrade, secretário de Comunicação, a gestão estuda alternativas para a falta de recursos para atender às exigências das reformas. “Pensamos em uma parceria público-privada [PPP], onde a empresa vencedora de licitação ficaria responsável pelas obras e também pela administração do estabelecimento”, sugeriu.

A instauração do certame depende de manifestação da justiça sergipana que aceitará a iniciativa do prefeito ou determinará o encerramento das atividades, como disse o secretário. A Prefeitura ouviu empresas especializadas que têm interesse em gerir o matadouro, arcando com as reformas, avaliadas entre R$4 milhões e R$5 milhões.

De acordo com Aloísio, a ação foi iniciada em 2005. Em cada gestão foram realizadas adequações pontuais, mas nada que contemplasse a demanda por inteiro. “A principal necessidade é da ampliação da lagoa de tratamento de resíduos e sangue. Hoje ela tem um tamanho insuficiente, e quando chove,  a água transborda e cai no rio Jacaré”, contou 

Apesar dos entraves, o estabelecimento continua funcionando, e chega a abater 120 bovinos durante cada fim de semana. A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) realizou vistorias e encaminhou o relatório aos órgãos fiscalizadores.

Casos semelhantes

Recentemente, as cidades de Itabi, Macambira e Campo do Brito tiveram seus abatedouros fechados também por não disporem de recursos financeiros para atender às recomendações propostas pela Adema. Os matadouros das apresentavam diversos problemas, como a falta de câmaras frigoríficas, abatimento desumanizado e descarte irregular dos dejetos dos animais mortos.

Por Victor Siqueira