Laudo indica que esgoto matou peixes na Sementeira

Peixes foram encontrados mortos no mês de junho (Foto: ITPS/Arquivo Portal Infonet) 

A contaminação proveniente de águas residuárias [esgoto] foi responsável pela mortandade de peixes no lago do Parque da Sementeira, que começou a ser notada no dia 12 de junho. A conclusão é do Instituto Técnico de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), contratado pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) para proceder com o laudo. O Portal Infonet teve acesso ao documento, que explica que a grande quantidade de compostos orgânicos encontrados, frutos de contaminação recente, diminuiu o oxigênio da água afetando diretamente a vida aquática daquele espaço.

A equipe química do ITPS identificou carbono orgânico, amônia, coliformes e outros materiais orgânicos com índices muito acima dos tolerados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), elementos responsáveis por diminuir o oxigênio e provocar a morte dos peixes e da vegetação do lago. Atrelado a isso, o ITPS aponta que a superlotação de peixes no lago também comprometeu: “[…] pode ter levado a uma competição maior no ambiente, levando também ao excesso de consumo de oxigênio”, analisa o laudo.

O lago é composto por água salobra [mistura de águas salina e doce] com comportas submersas: uma delas controla o fluxo de água vindo do Rio Poxim, e outra dos canais pluviais das avenidas Silvio Teixeira e Beira Mar. De acordo com o assessor de comunicação da Emsurb, Augusto Aranha, após receber o laudo, a Emsurb fechou as tubulações que recebem águas das ruas.

Ministério Público Estadual

A Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual ainda não tomou providências jurídicas no sentido de punir os responsáveis porque ainda investiga a origem do problema. Denúncias apontam que alguns empreendimentos imobiliários nas avenidas do entorno, clandestinamente despejam os seus esgotos em um dos bueiros com canais ligados ao lago. A Emsurb afirma que não tem conhecimento dessa irregularidade, mas rechaça a chance de novas contaminações, visto que as tubulações de águas externas da rua já foram fechadas.

O Ministério Público abriu inquérito ainda em 2013, quando houve a primeira mortandade de peixes no local, e segue estudando o caso.

Por Ícaro Novaes

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