Lauro Porto foi sepultado na tarde de domingo

Baixou a sepultura na tarde de domingo, 31, o corpo do médico otorrinolaringologista dr. Lauro de Britto Porto, pai do Presidente do Tribunal de Justiça, dr. Roberto Porto. Com 99 anos de idade, a saúde do dr. Lauro Porto já vinha fragilizada já há algumas semanas e nos últimos oito dias piorou sensivelmente.

Natural do município de Nossa Sra. das Dores, onde nasceu a 18 de agosto de 1911, o dr. Lauro Porto era filho do Coronel Francisco de Souza Porto, que foi deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Governador em Exercício, Prefeito da Capital, Governador eleito e não empossado, por força da revolução de 1930.

O dr. Lauro Porto fez o curso primário na sua terra natal, e, em 1925 e 1926, foi aluno interno do Colégio Salesiano Nossa Sra. Auxiliadora, fazendo o curso médio e o curso ginasial, sob a direção do Padre José Selva. Em 1927, matricula-se no Colégio Tobias Barreto. Com o sistema de preatórios, toma aulas particulares e faz preparatórios no Atheneu, na faixa de 4 preparatórios por ano. Em 1930, faz vestibular na Faculdade de Medicina na Bahia. Em outubro, com a revolução tenentista, retorna a Aracaju para solidarizar-se com o pai, que era presidente eleito do Estado mas perde o cargo. Durante 6 anos estuda em Salvador morando em hotéis e pensões.

Por admiração professores Edgard Santos, Fernando Luz, Eduardo Morais, Cezário de Andrade e Heitor Marbach, especializou-se em otorrinolaringologia e oftalmologia. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, levanta em rebelião a Faculdade de Medicina, sendo preso por dois dias, na Penitenciária, pelo interventor Juracy Magalhães. Formou-se em 5 de dezembro de 1935, juntamente com os sergipanos Heráclito Diniz, Armando Domingues e Otávio Penalva. Em 1936 volta para Aracaju e monta consultório. No ano seguinte, integra a equipe do Cirurgia sob a direção do dr. Augusto Leite. Em 1938 e em 1947 faz cursos de especializações no Rio e em São Paulo, aperfeiçoando-se inclusive com médicos estrangeiros.

Hospital Cirurgia

Acompanhando o progresso de suas ciências e as técnicas modernas de tratamento e cura, participou de congressos e seminários. Foi professor titular, inclusive fundador da Faculdade de Medicina e, depois, da Universidade Federal de Sergipe, integrando o seu conselho diretor. Por sete anos foi diretor do Hospital das clinicas Dr. Augusto Leite, o hospital de Cirurgia, conseguindo recursos para a reforma do Centro Cirúrgico, nova unidade de oncologia, de serviço de endoscopia, da unidade cirúrgica cardiotoráxica.

Casado com d. Maria Aurélia da Fonseca Porto, teve os seguintes filhos: Roberto Porto, presidente do Tribunal de Justiça, Laura Cristina, engenheira da Coelba, Patrícia Maria, economista, e Maria Aurélia, médica. Ao sepultamento do dr. Lauro Porto estavam pelo menos três ex-governadores, Albano Franco, João Alves Filho e Paulo Barreto de Menezes. Quando o corpo baixou a sepultura os presentes puxaram uma salva de palmas.

Por Ivan Valença

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