A promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPE) se reunirá com representantes da Prefeitura de Aracaju na próxima quarta-feira, 15, às 10h, para discutirem denúncias de que dois vigias da lixeira do Santa Maria tiveram suas armas roubadas no local e que o acesso as pessoas estaria sendo feito de forma clandestina. Lixeira do Santa Maria / Foto: ASMP
“Queremos encontrar junto à prefeitura a solução para que o espaço continue sendo vigiado. No Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2006, consta a proibição da freqüência de pessoas no lixão”, diz o promotor responsável pela pasta.
De acordo com a promotoria, tanto as informações da falta de segurança quanto a falta de iluminação são novas e cabe ao município encontrar uma forma de corrigí-los. “O local tem que ser fiscalizado seja com vigias armados ou desarmados. Só podem entrar os caminhões que vão deixar o lixo e os servidores que trabalham na cobertura diária do lixo”.
“Estes problemas persistirão no lixão do Santa Maria até que seja construído um aterro sanitário”, ressalta.
Implantação
A promotoria do Meio Ambiente do MPE informa que a implantação do aterro sanitário metropolitano, que englobará as cidades de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão, está na fase final.
“Os prazos concedidos pelo MPE para o fechamento das lixeiras e a construção do aterro a estes municípios está acabando. Não podemos precisar a data ainda, mas além dos prazos o prefeito então candidato disse que a lixeira seria prioridade na sua próxima gestão”, diz ele, acrescentando que enquanto o prazo não acaba o que os promotores podem fazer é ajuizar ações judiciais como fizeram no mês de julho.
Os Ministérios Públicos Estadual e Federal executaram no dia 29 de julho um ajustamento de conduta contra o município de São Cristóvão e os prefeitos de Nossa Senhora do Socorro, José Franco, e Aracaju, Edvaldo Nogueira. Onde cada um dos executados deverá pagar multa de R$ 50 mil por não terem providenciado medidas emergenciais para os lixões de cada uma das localidades.
Dentre as medidas que tinham sido acordadas em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e não estavam sendo cumpridas estavam a cobertura diária dos lixões, a criação de vala para resíduos de saúde, cerca no local, proibição de catadores e a drenagem do chorume. “Este processo está correndo na Justiça Federal. No mês de agosto saiu as notificações e deve estar na fase da defesa”, diz.
O TAC para a implantação do aterro metropolitano possui diversos prazos. O primeiro foi para que cada um dos três municípios fizesse estudos prévios para localização de áreas para encontrar local que pudesse implantar o aterro atendendo as necessidades ambientais.
“O terreno escolhido foi a atual lixeira de Nossa Senhora do Socorro, no povoado Palestina. Foi
feita a contratação de uma empresa que fez o estudo de impacto ambiental. Em julho, a Adema apresentou parecer técnico invalidando esta área como possível, explicando que o estudo não estava suficientemente claro”, diz o promotor, acrescentando que os três municípios foram notificados para que escolham outro terreno ou se faça novo estudo do local. Bosco Mendonça
O estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado dos Transportes e da Integração Metropolitana, Bosco Mendonça, pretende custear um estudo para encontrar uma nova área ou novos estudos da mesma área.
“Ninguém contava com o não licenciamento. Agora estamos decidindo se recomeça a contar o prazo a partir da rejeição ou não. A promotoria está decidindo uma nova data para a entrega do terreno a ser analisado pela Adema”, diz o promotor, acrescentando que se assim que o terreno for escolhido e tiver a licença, os três municípios irão construir o aterro, que segundo os técnicos deve durar 12 meses.
(O nome do promotor entrevistado não foi divulgado a pedido do mesmo.)
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