Os funcionários das lojas do Shopping Jardins trabalharam até às 3h da madrugada do dia 24 de dezembro para atender os clientes em compras de Natal. De acordo com a denúncia que a equipe de jornalismo do Portal Infonet recebeu, os trabalhadores tiveram que dormir no local e continuar no trabalho no dia seguinte, 24, a partir das 10h.
Solicitando que tivesse seu nome preservado, a denunciante informou que as lojas âncoras ficaram abertas até às 3h, mas outras fecharam suas portas à meia-noite e às 2h – como anunciado previamente na imprensa local. A funcionária informou que muitos não sabiam que teriam que dormir no local e não se prepararam para isto, tendo que dormir no chão.
Outro motivo que fizeram os funcionários dormirem no local de trabalho foi à falta de transportes públicos no horário que tiveram que sair. Muitos teriam que retornar ao trabalho às 10h do dia seguinte e não acharam conveniente pegar táxi para ir para casa.
Até agora, as informações que recebemos de alguns funcionários que trabalham no Shopping Riomar é que o horário ampliou em duas horas, estendendo até às 24h.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Ronildo Almeida, disse que lamenta que os shoppings da cidade estejam a explorar seus funcionários desta forma e ressalta que este problema também atinge o comércio de Aracaju.
“O sindicato vem lutando e brigando contra esta exploração, mas a categoria fica com medo de denunciar já que os empresários podem colocá-los para fora”, diz Almeida acrescentando que não existe projeto político e que falta autoridade no nosso Estado para que esta prática termine.
Ronildo Almeida informou que o sindicato denuncia estes e outros abusos na Delegacia Regional do Trabalho e também no Ministério Público do Trabalho. “Faltam mais ações de fiscalizações da DRT. Temos que fiscalizar, multar e acabar com o vício da exploração”, diz.
Ele recordou que antes mesmo do dia de Natal todos os órgãos da imprensa estavam anunciando que o comércio e os shoppings fariam horários especiais e que a DRT poderia se antecipar em suas ações. “Os funcionários destas lojas chegam a trabalhar 14 a 16 horas por dia. É desumano!”, alerta ele, comentando que o sindicato tem feito seu papel que é o de liderar o movimento. “Mas se a categoria não respalda a luta não tem como fazê-la”.
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