Representantes de taxis e o secretário de Estado dos Transportes e da Integração Metropolitana (Setram), Bosco Mendonça, estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira, 11, para discutir sobre a clandestinidade dos transportes no perímetro da capital sergipana. Ambos defendem a fiscalização mais acentuada de taxistas do interior que estão ‘invadindo’ o sistema em Aracaju e tentam buscar estratégias para coibir a prática.
presidente do Sintax, Luís da Cunha: “o sistema vai implodir”
O presidente do sindicato dos trabalhadores em Taxi de Sergipe (Sintax), Luís da Cunha, conhecido como Nena, revela que “alguns municípios sergipanos tem agido de maneira irresponsável quanto ao controle dos taxistas. Muitos vêem para Aracaju trazer seus passageiros e continuam na capital atendendo a demanda”.
Luís Cunha diz que “essa luta já é antiga, mas a inquietude é cada vez maior porque o sistema vai implodir se continuar desse jeito. O pior é que as fiscalizações não são 100% possíveis. E se deixar a brecha, a tendência é ficar incontrolável. Os órgãos da Superintendência Municipal de Transportes e Transito (SMTT) não têm um efetivo para coibir essas ações”, conta o presidente.
Carros sem identificação que param em pontos de ônibus para atender aos cidadãos em direção ao bairro Santa Maria ou outros bairros são uma das estratégias utilizadas pelos taxistas que não são cadastrados pela SMTT em Aracaju. Luís Cunha diz que uma das formas de combater o transporte clandestino é a denúncia para impedir o trabalho de pessoas que estão levando vantagem em relação aos taxistas que “andam direito”.
Como forma de atender as reivindicações dos taxistas na capital, o secretário Estadual de Transportes, Bosco Mendonça se pronunciou dizendo que essa luta é antiga e que já foi elaborado um plano. “O projeto, Trânsito mais Seguro, já está sendo enviado ao Governador Marcelo Déda para viabilizar a implantação de um sistema capaz de não só de coibir os transportes clandestinos, como também o combate ao roubo e furtos de carros”, diz.
Trânsito mais Seguro
O sistema funciona como “leitor de placas” possibilitando identificar as condições dos carros que saem de Aracaju. A partir dessa leitura, há um mapeamento do carro para verificar se é licenciado, obter dados do proprietário, cidade, entre outros. Caso haja alguma irregularidade, são enviados os dados aos postos da CPtran para fazer a parada do veículo.
Segundo Bosco Mendonça, “temos oito vias de ligação para a capital, entre rodovias federais e estaduais. O monitoramento iria ajudar e muito o controle e o combate tanto aos clandestinos quanto às estatísticas de roubo de carro. Mas uma implicação é o custo do caro, em trono de R$ 265 mil para viabilizar o projeto. Vamos negociar e ver se o Governador aceita a proposta”.