Mães denunciam abuso sexual contra crianças

Caso será investigado pelo DAGV (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Duas crianças, uma com 11 e outra com 12 anos, foram vítimas de abuso sexual que estava sendo cometido por um homem de 40 anos há aproximadamente seis meses dentro de uma invasão na zona sul de Aracaju, onde as vítimas residem. Há três dias, a mãe de uma das crianças descobriu a partir da confissão da própria filha, que revelou toda a história e contou que recebia constantes ameaças do acusado para esconder os fatos que aconteciam com frequência dentro de um barraco naquela invasão. “Se você contar para alguém, vai acontecer uma grande comédia com você”, contou uma das crianças molestadas em conversa com o Portal Infonet nesta sexta-feira, 30.

Os nomes das mulheres serão mantidos em sigilo para preservá-las. A mãe da garota começou a desconfiar que havia algo errado quando a criança começou a chegar em casa com dinheiro, mas dizia que encontrava as notas perdidas na rua. Mesmo assim, a mãe perseguiu a verdadeira história, implorando para que a filha a considerasse como verdadeira amiga e classificou ainda mais grave quando encontrou a criança de posse de um cigarro de maconha. A filha voltou a dizer que tinha encontrado na rua até que a criança decidiu atender aos apelos da mãe e optou por confiar nela para contar aquilo que ela e a amiguinha guardavam como segredo.

E, nestes relatos, a criança mostrou um pênis artificial que as crianças ganham como “presente” ofertado pelo próprio acusado, com uma orientação macabra: “para a gente treinar a safadeza em casa”. A mãe desta garota entrou em pânico e então descobriu que a amiguinha da filha, a mais nova, também foi vítima. A mãe desta outra garota nada sabia e se surpreendeu com toda a história narrada, em vídeo, pelas próprias vítimas. “Deve haver mais crianças vítimas”, desconfiam as mães.

Com estas informações e de posse do vídeo que elas produziram, as duas mães buscaram meios para denunciar o caso. No primeiro momento, elas receberam apoio de policiais militares, que as orientaram a prestar boletim de ocorrência na Polícia Civil. As duas mães seguiram para a Delegacia de Polícia do bairro, mas encontraram dificuldades para fazer a denúncia. O boletim de ocorrência não foi registrado, segundo as duas mulheres, porque os policiais disseram que nada podiam fazer. “Um chegou a dizer pra gente esquecer tudo isso porque a gente só ia expor as nossas filhas”, contou a mãe de uma das garotas.

O Portal Infonet entrou em contato com a delegada Thaís Santiago, do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), que ficou surpresa com este episódio. Ela se comprometeu a adotar todos os mecanismos para iniciar as investigações após este final de semana prolongado com os feriados dedicados ao Dia do Servidor Público, comemorado nesta sexta-feira, 30, e a Finados, no dia 2 de novembro.

Por Cássia Santana

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