Mais 26 sergipanos seguem para o Haiti

Família do cabo Diego Willian com o pequeno Cauã Silva, 10 meses
“O bom trabalho é quando você faz por amor”, foram essas as palavras pronunciadas pela dona de casa Gilvanete Silva, mãe do cabo Diego Williams Silva dos Santos, 22 anos, que embarcou para a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti no último dia 23 (janeiro).

Com pouco mais de um ano depois do terremoto que assolou o país, ocorrido no dia 12 de janeiro de 2010, os integrantes do 28º Batalhão de Caçadores- Batalhão Campo Grande, composto por 26 militares, têm a missão de manter a segurança da população, oferecer ajuda humanitária através da distribuição de medicamentos e alimentos à população do Haiti. 

Cabo Diego Willians no embarque para o Haiti
Para Gilvanete Silva, o abraço apertado no filho e muitas lágrimas mostravam que a despedida era dolorosa, mas que por uma boa causa. Além da mãe e irmãos, o cabo Diego Willians deixa em Sergipe, o pequeno Cauã Silva, de 10 meses.  “Pedi várias vezes que ele desistisse da missão, mas ao perceber que tinha sido por sua própria vontade e para ajudar o próximo, resolvi aceitar, mas fiquei com o coração na mão, porque ele não tinha passado tanto tempo longe de mim. Ele me dizia que só iria ser um soldado completo se fosse para esta missão”, diz emocionada, ao acrescentar que devido a saudade, chega a trocar o nome de Diego Willians pelo o do outro filho Denisson Willian, de 20 anos.

Contingente

A missão é composta por 26 militares, sendo um oficial, quatro sargentos e 21 cabos e soldados, com idade entre 20 a 25 

Comandante do 28º Batalhão de Caçadores, coronel Jefferson Hernandes
anos, sendo que este já é o terceiro contingente enviado pelo 28º Batalhão de Caçadores. 

“A previsão é que a tropa permaneça cerca de seis meses, mas pode ficar um mês a mais, em decorrência da rotatividade e mudança do batalhão ou da troca dos homens. O batalhão já enviou três contingentes totalizando um efetivo de 70 militares que estão ou estiveram envolvidos na missão. A primeira tropa de militares sergipanos que foram ao Haiti aconteceu em 2009, composta por 30 soldados, a segunda foi em 2010 com 14 e este ano embarcaram 26 militares”, diz o comandante do 28º Batalhão de Caçadores, coronel Jefferson Hernandes.

Seleção

“A seleção é feita dentro do universo do voluntário e nós analisamos o desempenho 

Soldados prontos para atuar no Haiti
profissional do militar. Esse militar freqüentou vários estágios de preparação dentro de cinco meses e dentre eles foram selecionados os melhores para participar da missão. A preparação foi realizada aqui, em Salvador e em Recife, são módulos de instrução específicos para este tipo de missão”, informa o coronel Jefferson Hernandes.

Contato com familiares

O contato dos militares com os familiares que permanecem no Brasil é feita por 

Cabo Diego Willins ao lado da irmã Diana Wellen
telefone ou através das redes sociais como Orkut, MSN, mas caso haja problema de comunicação entre ambos, o quartel mantêm um posto de atendimento aos familiares para que a comunicação entre eles seja realizada.

De acordo com Gilvanete Silva, a tecnologia amenizou a saudade do filho. “Na base onde eles estão tem um orelhão e eles também tem internet. Já falei com ele hoje pela manhã pelo telefone e tentei me conter para não chorar”, conta.

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