Tânia Cristina Esmera ja´foi duas vezes para o hospital, sentindo falta de ar (Fotos: Portal Infonet)
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O mau cheiro exalado dos resquícios dos produtos queimados no incêndio do Makro ainda é muito forte e tem incomodado funcionários de lojas e moradores da redondeza. Tânia Cristina Esmera, caixa de uma fábrica de placas de veículos chegou a ir para o hospital duas vezes e agora só trabalha usando uma máscara.
"Senti muita falta de ar porque a fumaça foi muito intensa. Tenho renite alérgica, e ainda não fiz um exame mais detalhado para saber como estou", disse. A recepcionista de uma funerária que fica vizinho ao Makro, Manuela França, informa que a fumaça já diminuiu, mas o odor ainda é muito forte.
"Está insuportável, é como se fosse carniça. E para piorar, aqui está cheio de moscas. Antes não era assim, e está tudo sujo, toda hora tem que fazer limpeza", afirma, ao acrescentar que os velórios no local tiveram que ser suspensos. "Só estamos funcionando na loja da Avenida Francisco Porto. Como vamos fazer um velório aqui com esse fedor? Os clientes vão achar que é do caixão".
Segundo ela, o supermercado se transformou num lixão. "Temos uma funcionária doente, que está em casa de atestado porque passou mal primeiro com a fumaça e depois com esse fedor", afirmou. A autônoma Eliana de Jesus também reclamou do odor, ao entrar na fábrica de placas de veículos.
"Imagino que para eles deve estar sendo bem difícil trabalhar sentindo esse fedor. Parece que a gente está na frente de um cemitério", disse a cliente. "Quando o vento bate, ao invés de trazer uma fresca, o que traz é um mau cheiro”, acrescentou o funcionário da fábrica de placas, Adriano Soares Silva.
Providências
O major Carlos Alves, do setor de comunicação do Corpo de Bombeiros (CB), informa que o CB já cumpriu com todo trabalho de responsabilidade da corporação.
“Quando o Corpo de Bombeiros debela o fogo todo o resto, a exemplo da fumaça, não é mais de responsabilidade da corporação e sim, dos órgãos ambientais”, diz, ao ressaltar que nem sempre quando há fumaça há fogo.
Segundo ele, a retirada e descarte dos restos do incêndio é de responsabilidade do grupo atacadista e os órgãos ambientais devem cobrar isso. No início desta semana representantes do grupo atacadista estiveram no local e participaram de uma audiência no Ministério Público Estadual (MPE).
Uma das providências que foram cobradas pela Promotoria de Defesa do Consumidor foi justamente a retirada dos resquícios dos produtos queimados no incêndio.
Por Moema Lopes
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