Marco Cavalcanti fala sobre a polêmica da TRH

Recentemente uma polêmica em torno do uso da Terapia de Reposição Hormonal – TRH – para mulheres na menopausa preocupou pacientes e o mundo médico. A polêmica dizia respeito a um estudo HERS produzido por uma entidade americana, que concluiu que a TRH, ao contrário do que se propagava, não protege o coração contra infarto, derrames e pode ainda aumentar o risco de câncer de mama. Segundo o médico Marco Cavalcanti, em entrevista exclusiva ao InfoNet Notícias, “o resultado do relatório é importantíssimo, pois traz informações de pessoas que fizeram uso do TRH por mais de 5 anos. O que não foi veiculado é que também nesse sentido foi relatado que a TRH protege contra câncer de cólon intestinal, contra osteoporose e que melhora a qualidade de vida da mulher”. Outro dado importante também não relatado, segundo Marco Cavalcanti, é que o estudo HERS foi realizado com mulheres que usavam um tipo específico de combinação hormonal, com estrógenos e progestagenos. Não avaliando, portanto, as novas modalidades terapêuticas de baixas doses, inferiores a avaliada pelo estudo HERS. O próprio relatório enfatiza que antes de interromper a TRH, as pacientes deveriam consultar um especialista. “Gostaria de informar que os dados negativos relatados no estudo HERS são devidos aos progestagenos que normalmente são utilizados por mulheres na menopausa, que possuem útero. Para as mulheres histerectomizadas, ou seja, mulheres que tiveram o útero retirado, não existe a necessidade da associação dos hormônios. Apenas o estrógeno é suficiente e o próprio relatório não encontrou razões para contra indicá-lo. O uso do prostestageno é obrigatório para mulheres que não retiraram o útero, porque o estrógeno sozinho pode provocar câncer de endométrio”, diz ele, ressaltando que outro fato importante é escolher a melhor dosagem, a melhor via de administração e, nos casos de mulheres que não retiraram o útero, que desejam abandonar a TRH, tenham outras alternativas terapêuticas. Mais informações da área no site PROVETA.COM.BR.