Maruim e Itaporanga sofrem efeitos das chuvas
Seu Adelino Nelson, proprietário de um bar às margens do rio, está com sua caminhonete preparada para quando o nível da água subir. “Por causa do sofrimento do ano passado eu já estou precavido. Este ano ainda não aconteceu com aquela intensidade, mas a qualquer momento pode ocorrer ”, conta o comerciante que com a enchente de 2008 teve um prejuízo de A vizinha de Micheline, Itaporanga Em um povoado de Itaporanga, a água represada invadiu oito casas. “Sempre que chove muito enche tudo, mas nunca tinha atingido a minha casa”, conta o vigia Josivaldo Santos. Na escola onde trabalha, vizinho à sua residência, a Umas das casa ficou com água até o teto. Os vizinhos contam que o proprietário ainda não apareceu e que tudo dentro da residência ficou revirado. Para evitar prejuízos maiores alguns moradores destruíram parte da pista para a água represada poder escoar. Mesmo com a possibilidade de voltar a encher, os moradores preferiram não deixar as casas. No município, a prefeitura já contabiliza oito famílias desabrigadas.
O drama de ver a casa invadida pela força das águas voltou a assustar mais de 400 famílias que residem às margens do rio Ganhamoroba, em Maruim. Por conta das constantes cheias, muitos moradores e comerciantes dão “jeitinhos” para tentar minimizar os danos. Comerciante disse que está precavido
quase R$ 20 mil. Micheline deu um “jeitinho” para não perder todos os móveis com as cheias
No domingo, 10, o rio Ganhamoroba voltou a subir e logo a moradora Micheline Costa colocou os móveis todos no alto da casa. “Ano passado perdi muita coisa, não gosto nem de lembrar”, conta. Alguns móveis não conseguiram ser salvos, a exemplo do guarda-roupa e da cama da filha. “Com dois meses de comprada a cama já está quase perdida”, lamenta. A jovem teme ficar em casa e nesses tempos de chuva prefere ficar abrigada na casa da mãe.
Luciene Souza, também tentou salvar parte dos móveis e conta que já conhece o comportamento do rio, “por isso deu para ajeitar algumas coisas”, relata. Com a enchente de domingo, 10, ela perdeu duas camas e uma estante, “não tinha nem terminado de pagar”. Sem ter para onde ir, ela dorme no chão com os seis filhos, sempre em alerta por conta das chuvas. Na escola do Povoado Parui as aulas foram suspensas
água destruiu parte do material dos estudantes e por conta dos danos as aulas foram suspensas. Os próprios moradores deram um jeito para a água escoar
Por Carla Sousa