Após duas semanas sem respostas definitivas sobre o caso das cirurgias cardíacas em crianças, o Ministério Público resolveu tomar a frente e convocou uma reunião urgente para a manhã desta quinta-feira.
Neste momento, representantes do Sindicato dos Médicos, Conselho de Medicina, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e Ministério da Saúde estão reunidos juntamente com a promotora Euza Missano no Hospital Cirurgia para tentar chegar a uma solução sobre o assunto.
O caso, que está tendo repercussão nacional, foi objeto de matéria do Jornal da Globo. Em 45 dias oito crianças morreram pela falta de cirurgia cardíaca e a situação pode se agravar. O Hospital Cirurgia, único público capacitado a realizar a operação, alega que não está em condições por causa dos equipamentos. O Hospital do Coração, conveniado com o SUS, está limitando os atendimentos alegando que o repasse público não cobre os custos.
As decisões tomadas na audiência pública do dia 22 de dezembro não foram cumpridas, inclusive a formação da comissão para resolver o impasse. O Ministério Público, vendo a demora nas iniciativas, resolveu tomar a frente, e ontem convocou a reunião de emergência. “Foi falta de organização da parte deles”, afirmou a promotora Mônica Antunes.
No dia 8 de janeiro as decisões finais devem ser apresentadas em audiência pública, apresentando soluções para o problema. “Reconhecemos a gravidade da situação. O acordo de realizar uma cirurgia por semana em crianças de baixo peso com problemas cardíacos tem que ser cumprido”, disse José Menezes, presidente do sindicato dos médicos.