Mercados centrais continuarão sem semáforo para turistas

Irma Karla não ficou satisfeita com a decisão
Aqueles que acreditam que a avenida Otoniel Dórea necessita de um semáforo para atender os pedestres e principalmente os turistas que visitam os mercados centrais ficarão frustrados. Durante a audiência pública realizada nesta manhã no Ministério Público ficou decidido que será feita a pintura da área reservada para  ônibus de turismo e a colocação de sonorização.

De acordo com o presidente da Associação dos Comerciantes dos Mercados Thales Ferraz e Albano Franco (ASCOMENTAF), Anderson Batista, a decisão não atende a necessidade e alerta que a desculpa do número pequeno de transeuntes não explica a falta do semáforo para pedestre. “Infelizmente só vai ser tomada uma providência maior quando acontecer um acidente”, alerta.

Tanto ele quanto a presidente do Sindicato dos Guias de Turismo (SINGTUR), Irma Karla Freire Barbosa, ficaram insatisfeitos com a deliberação. “Eu trabalho diretamente com os turistas e os carros passam pela avenida em alta velocidade. Depois da ponte do rio do Sal o fluxo de veículos aumentou bastante e fica difícil para atravessar, já que os motoristas não respeitam a faixa de pedestre”, comenta.

A sindicalista alerta que quando tem um grupo de turistas com idosos esta travessia ainda fica mais difícil. “Eu adaptei um apito. Tiro ele da bolsa e fico apitando pedindo  para os carros pararem, mas sei que corro risco também”, ressalta Irma Karla, reclamando que até o momento só foi acendido a faixa no chão.

“O MP não pode contrapor sem um estudo”, diz Elias
O representante da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), chefe dos transportes César Rocha, informou que não existe número suficiente de pedestres no local para justificar a colocação do semáforo. “A reivindicação é justa só que a travessia de pedestre não tem o número suficiente de turistas que justifique um semáforo. Iremos colocar sinalização, sonorizador e pretendemos fazer com que as campanhas de redução de velocidade sejam atendidas”, explica.

O promotor que presidiu a audiência, Elias Pinho explicou que foi dado 30 dias para que a SMTT faça a pintura e a colocação do sonorizador. “Quanto a colocação do semáforo recebi a informação da SMTT que no primeiro momento não necessita de um sinal no local. Para que o Ministério Público pudesse contrapor eu precisaria fazer um estudo técnico, mas não temos nem um técnico de engenharia de trânsito e nem verbas para contratar um”, comenta.

Por Raquel Almeida

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