Mergulhão: violência preocupa moradores do Inácio

Via estreita facilita ação de marginais (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os moradores da avenida Tancredo Neves, no trecho onde está sendo erguido o complexo viário que ficou conhecido como Mergulhão, permanecem preocupados com os efeitos das obras que devem ser concluídas nos próximos meses. Eles reclamam do estreitamento da via onde foi erguido uma espécie de paredão que dá sustentação ao viaduto e ainda demonstram preocupação com o nível de violência que aumentou no local depois que aquele muro foi erguido.

O presidente da Associação dos Movimentos Populares e Combate à Pobreza do Estado de Sergipe (Assomop), José dos Reis Santos, prevê que o viaduto poderá se transformar em reduto de marginais e consumidores de drogas, caso não haja interferência do poder público para impedir a proliferação de mendigos no local. “A obra já está causando muitos transtornos: gerou alto nível de calor para os moradores com este paredão aqui na frente e temos dificuldades de acesso”, considerou. “Não sabemos como vai ser no futuro. Temos perspectivas ruins, que este local se transforme em ponto de drogas e de desabrigados”, alerta.

José Reis: preocupação com futuro do local

José Reis costuma visitar o futuro genro, Sebastião Matias Júnior, que reside em um dos imóveis localizados bem em frente ao paredão do viaduto. “Hoje o maior problema é a falta de iluminação, a poeira e o acesso”, considerou Sebastião Júnior.

A dona de casa Vânia Andrade garante que a violência já é uma realidade. “Esta semana, minha vizinha foi assaltada bem ali [no início do paredão]. O assaltante ficou escondido e, quando ela passou, ele tomou a bolsa e fugiu em uma moto”, observou a dona de casa. “Pra gente sair de casa, tem que sair com três pessoas”, comenta.

O aposentado Jarbas de Moura alerta que o caso já foi debatido no Ministério Público Estadual, onde foram pactuadas medidas para minimizar o impacto daquela obra sobre os moradores do trecho. Segundo o aposentado ficou estabelecida a construção de um calçadão, reservado espaço para estacionamento dos veículos dos moradores no primeiro trecho embaixo do viaduto e arborização. “Foi só o que conseguimos”, considerou.

Júnior reclama da pouca iluminação e da poeira

A secretária de Defesa Social, Georlize Teles, tranquilizou os moradores, garantindo que a equipe técnica da Superintendente Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT) e da Empresa de Obras e Urbanismo (Emurb) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura estão em diálogo permanente avaliando os procedimentos que deverão ser adotados no trecho para garantir segurança aos moradores após a conclusão das obras.

“Os moradores devem ficar tranquilos porque os técnicos da SMTT e da Emurb vão se reunir antes de entregar a obra para definir os desvios e a sinalização de toda a área”, considerou a secretária, advertindo que os moradores deverão permanecer atentos e encaminhar informações e sugestões alternativas em caso de observar equívocos nos encaminhamentos da prefeitura.

Por Cássia Santana

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