Antes de começar o julgamento dos quatro militares líderes do Movimento Tolerância Zero, que são acusados de crime de motim, na 6ª Vara Criminal da Justiça Militar do Fórum Gumercindo Bessa, o sargento Edgar Menezes fez questão de conversar com a equipe do Portal Infonet e dizer que estava confiante no resultado da sentença. Acompanhado da esposa, o sargento criticou o julgamento e afirmou que não houve crime de motim.
Terminou por volta das 13h desta sexta-feira, 15, o julgamento dos militares Samuel Barreto, Jorge Vieira, Alexandre da Silva Prado e Edgar Menezes acusados de crime de motim. Eles lideraram o que é considerado o maior movimento de mobilização da categoria, o “Tolerância Zero”. O julgamento que demorou quase cinco horas resultou na absolvição dos policiais por 3 a 2 votos. Os quatro militares estão sendo julgados acusados de motim
“Estou com a minha cabeça erguida perante a minha família e aos meus companheiros de classe. O que existe aqui é um momento antidemocrático, onde o militar não é considerado gente, não pode reivindicar melhorias, tudo isso fruto de uma legislação ultrapassada, anacrônica e arcaica”, critica o sargento.
O advogado dos militares, Márlio Damasceno, foi enfático ao dizer que nunca existiu o crime e que os militares estavam na luta por melhores condições salariais e de trabalho da classe. “Não houve o crime porque os militares estavam de folga quando da realização das assembléias e passeatas. Além disso, eles estavam desarmados, sem farda e fizeram sua manifestação de forma pacífica e ordeira, sem desrespeitar qualquer autoridade”, enfatiza o advogado. O julgamento está previsto para terminar na tarde desta sexta-feira,15
O sargento Jorge Vieira ressalta que além do julgamento os militares estão sofrendo perseguição por conta de terem lutado por melhores condições de trabalho. “Coloco tudo na conta do Governo do Estado. Tudo que de ruim aconteça aqui hoje vai para a conta do governo, que nos
humilhou por conta da luta por melhores condições de salário e condições de trabalho”, pontua. O advogado Márlio afirma que não existiu crime de motim (Fotos: Portal Infonet)
O deputado federal Mendonça Prado também acompanha o julgamento e declarou que apóia o movimento dos militares. “Antes tinha uma relação que não era tão próxima, mas agora acompanho todas as ações que dizem respeito à categoria”, diz.
O julgamento dos policiais Samuel Barreto, Jorge Vieira, Alexandre da Silva Prado e Edgar Menezes começou por volta das 9h desta sexta. A pena prevista era de 12 anos e a perda do cargo.
* A matéria foi alterada ás 13h30 para acréscimo de informações
Por Kátia Susanna
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