Moradores aceitam proposta da Prefeitura

A maioria dos moradores do local aceitou a oferta da prefeitura
A fim de adiantar e concluir o processo de negociações, a Prefeitura de Aracaju ofereceu mais uma opção aos moradores do bairro Inácio Barbosa, onde está sendo construída a ponte procurador de Justiça Gilberto Vila-Nova de Carvalho. Além das indenizações, as famílias poderão escolher alguma unidade residencial do Bairro Novo, conjunto residencial que está sendo construído na Zona de Expansão da capital. A medida, entretanto, não foi bem vista.

Apesar de a maioria das pessoas ter aceitado a nova proposta, alguns moradores demonstram insatisfação com o rumo que as discussões tomaram. As indenizações propostas não agradavam a todos, o que havia emperrado as negociações. Os valores variam entre R$ 9 mil e R$ 158 mil. Para a vendedora Sara da Silva, a única opção foi aceitar um imóvel no Bairro Novo. “Com o que nos ofereceram não daria para comprar nem um terreno. Não tinha outro jeito, mas pelo menos pudemos escolher as casas”, disse.

Sara lamentou a falta de apoio aos moradores
Ela reclama que os moradores não receberam qualquer apoio de organizações ou políticos. “Estávamos sozinhos nessa luta. A desapropriação foi extremamente desorganizada, sem nenhum planejamento”, criticou Sara. Até que o residencial esteja pronto para receber moradores a Prefeitura alugará uma casa na mesma região para aqueles que aceitaram a mesma proposta que ela.

Ainda não há prazo definido para que as famílias deixem suas casas, mas as que já receberam começaram a deixar o local. Entretanto, informações repassadas pelas entrevistadas dão conta que a saída não deve ultrapassar o início do próximo mês.

Maria José faz parte do grupo que ainda não aceitou proposta
Dentre os 30 moradores que serão indenizados, três ainda não fizeram qualquer tipo de acordo com a Prefeitura. A enfermeira Maria José diz que o grupo estuda a possibilidade de entrar na Justiça para garantir um valor maior pelas casas. “Além do valor oferecido ser baixo, essas casas que eles ofereceram ficam muito longe. A outra alternativa que deram foi o conjunto que estão construindo no Coqueiral”, explica.

Segundo ela, até o momento não foi apresentada qualquer possibilidade fora o dinheiro ou um imóvel. “Essas são as únicas opções que temos”, afirma. Maria José acrescentou que recebeu uma convocação para comparecer à Prefeitura na tarde de hoje para tentar uma solução.

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