Moradores da Atalaia Nova realizam protesto

Famílias temem que as casas sejam derrubadas (Fotos: Portal Infonet)

Na manhã desta segunda-feira, 9, várias famílias da região da Atalainha, localizada na Atalaia Nova realizaram uma manifestação para cobrar informações sobre a derrubada das casas em uma área de preservação ambiental. De acordo com as famílias, no ano passado foi realizada uma audiência na Justiça Federal onde ficou determinado que no dia 29 de julho desse ano a derrubada seria efetuada.

Preocupados com o fim do prazo, as famílias cobraram um posicionamento da prefeitura com relação a construção de casas. Para a dona de casa Maria Antônia dos Santos que mora na localidade há 30 anos a notícia da derrubada das casas deixou a família em pânico.

“Sou mãe de oito filhos, moro aqui há 30 anos. Aqui tem casas de gente que tem dinheiro que só vem aqui a passeio, mas a maioria é de pessoas pobres. A minha vida toda é aqui neste lugar, aqui tiro o sustento da minha família através da pesca, porque se faltar a farinha temos o caranguejo e o peixe para comer”, conta.

No local existem mais de 100 casas

O idoso Pedro Ferreira da Silva alerta que a prefeitura já realizou o cadastro das famílias, mas até o momento desconhece o andamento. “O cadastro já foi feito, mas não sabemos quando vamos receber a casa. Sou um pescador profissional há 35 anos, sou casado e tenho cinco filhos e netos que dependem da pesca. Como ficará a nossa situação?”, questiona.

Preocupação semelhante enfrenta a prestadora de serviço Josélia da Cruz Bezerra. “Aqui tem pessoas que investiram nas suas casas, são pessoas que vivem da pesca, mas que buscam o progresso e investiram na sua residência e não podemos ficar sem um posicionamento”, ressalta.

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Barra dos Coqueiros, mas não tivemos êxito. Através de contato com os moradores fomos informados que o assessor de comunicação do município garantiu que nenhuma das famílias terá suas casas derrubadas antes da entrega das casas. A orientação é que os moradores possam denunciar novas construções na área.

Por Kátia Susanna