Grupo de moradores se reuniu para debater a situação (Foto: divulgação)

A ocupação ‘Marielle e Anderson Presentes’, erguida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), virou motivo de preocupação para os moradores da Coroa do Meio.

Um grupo de aproximadamente 40 pessoas, que residem nas proximidades da ocupação, se reuniu na rua José Freitas de Andrade, para se queixar de situação. Os moradores alegam que os ocupantes fazem baderna de madrugada, tocam a campainha das casas e se passam por prestadores de serviço, batem nos portões com pedaços de madeira e até soltam bombas em horários inapropriados.

“Estamos incomodados pela quantidade de pessoas nas ruas, pela sujeira que estão fazendo e pelos danos que estão causando o mangue. Muitos estão ameaçando invadir a casa dos moradores e até roubando material de construção das casas em obras. Além disso, os moradores conhecem parte daquelas pessoas e muitos ali já tem moradia, são proprietários de casas em vilas”, comenta a enfermeira Flávia Brasileiro, que é uma das moradoras da Coroa do Meio.

Os moradores já pediram providências à PMA  e decidiram que irão aguardar o cumprimento da decisão judicial que autorizou a reintegração de posse do local.

MTST

A advogadora Isadora Ribeiro, representante do MTST, disse que os integrantes do movimento participaram da reunião e expuseram aos moradores os objetivos e princípios da ocupação. A advogada ressaltou que alguns moradores estavam preocupados com a situação das famílias, mas revelou que teve dificuldades de diálogo com parte deles porque havia um discurso de ódio.

Sobre as denúncias, advogada ressaltou que o MTST não tem conhecimento das ações, mas que vai averiguar se os responsáveis pelos atos são pessoas da ocupação. A orientação do MTST é para que moradores denunciem as situações, se possível com fotos e vídeos, para que a direção do movimento identifique e expulsem os culpados, caso sejam da ocupação. O MTST também destacou que nos casos de crimes, as pessoas acionem a Polícia.

Entenda o caso

A ocupação ‘Marielle e Anderson Presentes’ foi iniciada na noite da última sexta-feira, 4. As famílias chegarem a se reunir com representantes da PMA na última segunda-feira, 7, e não houve acordo porque os integrantes do MTST exigiram a saída Guarda Municipal do local, mas a PMA decidiu manter o efetivo. A juíza Hercília Brito autorizou a reintegraçao de posse do terreno, mas determinou o cumprimento de algumas ações. A PMA informou que já apresentou um cronograma para cumprimento das exigências e que agora aguarda novas determinações judiciais.

por Verlane Estácio