Moradores de invasão preocupados com chuvas e alagamentos

Das 24 famílias, nove saíram após as últimas chuvas por medo
Moradores da Invasão Quirino, no loteamento Marivan, Zona Sul da capital, reclamam de falta de assistência por parte da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), no que compete à distribuição de casas populares. Com a proximidade do período de chuvas, a aflição aumenta porque os alagamentos são inevitáveis. As chuvas fortes na madrugada de sábado, 3, deram uma amostra de como a situação pode se agravar.

A catadora de lixo Maria Lúcia conta que mora no local há um ano e três meses. Ela diz que todas as vezes em que chove, os barracos alagam e alguns ficam muito perto de desabar. “Tivemos uma reunião com a secretária há dois meses e disseram que não tinha terreno para construir as casas. Nos deixaram de mão, ás vezes não temos nem o que comer. Nem uma cesta básica nos dão”, reclama.

Maria Lúcia reclama da demora do Estado em ceder casas

Ela diz que outros veículos da imprensa além do Portal Infonet já foram chamados para comprovar a situação, mas nenhuma resposta foi dada pelo do órgão estadual. “Aqui tem sapo, rato, cobra, mosquito. A gente quer uma providência, nem que seja uma coisa temporária, não podemos ficar assim”, completa a moradora. Ela ainda revela outro questionamento. “Lá no bairro Novo tem um monte de casas fechadas. Por que não podemos ir para lá?”, questiona.

Ainda segundo Informações dos próprios moradores, das 24 famílias que habitavam a área, apenas 15 continuam no local. As demais foram embora com medo de novos alagamentos.

Gilberto mostra onde o nível da água chegou na sua casa

O desempregado Gilberto Romão lembra que chegou a chorar de desespero ao ver sua casa inundada e sem saber para onde levar a família e o seu filho mais novo, com apenas dois meses de vida. “Outra chuva dessa a gente não agüenta. Aqui virou uma verdadeira lagoa, queremos ajuda. Seria bom que nos enxergassem, porque esses políticos ganharam também com nossos votos”, apela Romão.

Lista de espera

A assessoria de comunicação da Seides confirmou que algumas famílias da Invasão Quirino procuraram o órgão no mês de fevereiro e que algumas aceitaram ir para casas de parentes, enquanto Prefeitura e Governo buscam uma solução. Outras 17 estão em imóveis alugados pela secretaria. Isso ocorreu, segundo o coordenador de Comunicação Rodrigo Rocha, ainda na gestão da ex-secretária Ana Lúcia.

Famílias ainda secavam obejetos molhados, na tentativa de recuperá-los

Segundo Rocha, um grupo de 20 famílias que ainda estão no local procuraram o órgão e foi informado de que não há disponibilidade de recursos este ano para um novo cadastramento. Todos foram colocados em uma lista de espera. A Seides informou, ainda, que mais de 790 casas estão em construção em todo o Estado.

Por Diógenes de Souza e Bruno Antunes

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