Moradores de invasão terão que sair

Famílias estão preocupadas e dizem que futuro delas é incerto
Cerca de 17 famílias que moram na invasão do Marivan, no bairro Santa Maria, devem deixar seus barracos para morar em casas alugadas pela Secretaria de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social (Seides). A desocupação está agendada para a próxima sexta-feira, 14, e a assessoria de comunicação da Seides garante que cada família já tem destino certo.

Os invasores, que vivem em barracos construídos com madeira e papelão em local totalmente insalubre há cerca de dois anos, dizem estar preocupados com a mudança. Segundo eles, das 17 famílias, seis ainda não tiveram as casas alugadas, tornando incerto o futuro dessas pessoas. “Todos nós estamos vivendo o mesmo problema. Ou saímos todos, ou não sai nenhum”, diz José Paulo dos Santos, líder dos moradores.

Elas moram há dois anos em condições precárias e sem saneamento básico

Já Wiliane Santos teme que, após a transferência das famílias, a Seides pague por um tempo os aluguéis das casas e depois deixe de cumprir com os pagamentos. “Nós seremos despejados caso a Seides pare de pagar o aluguel. Muitos proprietários dessas casas têm até medo de alugar o imóvel para a Seides. Se for para isso acontecer, prefiro continuar morando aqui”, declara a moradora.

“Esse problema se arrasta por mais de dois anos, desde que tiraram a gente de uma outra invasão, ali nas proximidades do DIA. Nós viemos para cá, mas agora eles dizem que precisam do terreno para construir um prédio. Nós ficamos preocupados e cheios de incertezas”, reclama Maria vera, outra ocupante. Esta retirada teria acontecido na antiga gestão da Seides.

Transferência para conjunto

O assessor de comunicação da Seides, Salomão Silva, diz que os moradores não precisam se preocupar. Segundo ele, já está tudo pronto para a mudança na próxima sexta-feira e não fazem sentido as alegações de que a Seides deixará de pagar o aluguel dessas casas. Ainda segundo ele, a secretária Conceição Vieira vai pessoalmente até a invasão, para, juntamente

“Ou saímos todos, ou não sai ninguém”, diz José Paulo
com a Defesa Civil, anunciar a transferência das famílias.

“A Seides firmou o compromisso de que essas pessoas morarão nas casas de aluguel até fixarem endereço em um conjunto residencial que será construído no Conjunto João Alves, em Socorro. Elas precisam dar um voto de confiança à secretaria”, disse Salomão Silva, informando que as obras de construção desse conjunto habitacional têm início entre os meses de agosto e setembro, e que os barracos serão destruídos para evitar que novas famílias ocupem o local.

Por Helmo Goes e Aldaci de Souza

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