Moradores fecham a Av. Euclides Figueredo

Após a polícia chegar ao local, uma parte da pista foi liberada

A população fechou a Avenida Euclides Figueredo, no bairro Porto D’Anta, por cerca de 45 minutos no final da tarde desta sexta-feira, 9. O protesto, que contou com queima de pneus, teve por objetivo solicitar à Prefeitura de Aracaju uma solução para os alagamentos no local, provocados por uma casa de alvenaria construída em cima de um canal. Os donos da casa foram notificados pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) que atende a uma determinação do Ministério Público Estadual.

A dona da casa de nº 1942, Maria Aparecida de Oliveira, tem consciência do problema que vem sendo causando, mas diz não ter como cumprir a determinação da Emurb. “Quando chove, não é só minha casa que enche, mas todas as residências que ficam localizadas do outro lado da avenida. Os moradores e os donos de pontos comerciais sabem

Maria Aparecida na casa que deve ser demolida
da minha luta para sobreviver e já se prontificaram a alugar uma casa pra gente, só que não vou querer. A prefeitura é quem deve dar uma solução”, entende Aparecida.

Na pequena casa de dois cômodos, moram Aparecida, o esposo que está desempregado, três filhos e um neto.  O problema é que como a casa está em cima de um canal, o terreno está cedendo e nos dias chuvosos, o canal enche por conta da construção e alaga todas as construções localizadas do lado oposto da Euclides Figueredo.

Sem solução

Maria Aparecida contou já ter procurado vários órgãos na tentativa de solucionar o problema, mas até agora não conseguiu nada a não ser a notificação da

Aparecida mostra a situação ao policial
Emurb para que a casa seja demolida.

“Eu já não sei a quem recorrer, já fui na prefeitura, no Conselho de Assistência Social (Cras) e até no Ministério Público. Os moradores estão do meu lado porque sabem que não tenho pra onde ir, mas ficam no prejuízo. Ontem à noite, uma senhora de mais de 80 anos teve de ser retirada nos braços porque a casa alagou”, enfatiza acrescentando que comprou a casa já erguida e que mora no local há três anos.

A polícia foi acionada para liberar a pista que ficou interditada formando um engarrafamento de alguns quilômetros. Não houve resistência por parte dos manifestantes.

E a notificação que recebeu da Emurb
Contraponto

Na assessoria de Comunicação da Emurb, a informação é de que este não é um caso isolado e que existem várias construções irregulares em cima da rede pluvial. E que apesar de o prazo para a demolição já ter sido expirado, a Emurb não procedeu a demolição.  

“A Emurb está seguindo determinação do Ministério Público Estadual, que foi acionado pelos moradores que se sentem prejudicados. Mas, a empresa não procedeu ainda a demolição, pois já encaminhou o problema à Secretaria Municipal de Ação Social, para que seja verificada a possibilidade de a família ser incluída em algum programa de habitação da Prefeitura de Aracaju, devendo ter uma definição na próxima semana”, esclarece o assessor de Comunicação da Emurb, Ademar Queiroz.

Por Aldaci de Souza

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